Moçâmedes - As autoridades de Vigilância e Segurança Marítima da Capitania do Porto do Namibe apreenderam, durante o ano 2023, um total de 20 embarcações de pesca artesanal, três semi-industriais e cinco industriais no alto mar, por alegada pesca ilegal em águas territoriais.
A informação foi avançada hoje à Angop, pelo responsável dos serviços provinciais da Capitania, capitão Manuel Ribeiro, tendo salientado que comparativamente ao ano 2022 registou-se um aumento sete embarcações, com destaque para as chatas, que se dedicam a pesca, em zonas de conservação marítima.
Disse que, das infracções mais acentuadas na jurisdição marítima do Namibe, destacam-se a falta de meios de segurança marítima, licença, excesso de lotação do pessoal a bordo, navegação fora dos limites estipulados pelas normas de segurança à navegação e pesca ilegal, praticada por navios do segmento industrial e semi-industriais.
Explicou que a pesca de arrasto praticada sem o devido controlo provoca danos que comprometem a existência sustentável dos recursos marinhos vivos e não só, causando a alteração no ecossistema marinho, com a extinção de algumas espécies marinhas, contribuindo assim, para a falta de peixe na província, em particular, e no país em geral.
O responsável lamentou a falta de meios para fazer face à situação, tendo revelado a existência de apenas de um único meio, tecnologicamente equipado, o que dificulta o processo de fiscalização. LG/VR/FA/AC