Moçâmedes-Cerca de 79 mil 856 toneladas de pescado diverso foram capturadas, de Janeiro a Novembro deste ano, na província do Namibe, informou hoje a ANGOP, o director do Gabinete Provincial das Pescas e do Mar, Piedade Goanhe.
Em entrevista à ANGOP, o responsável avançou que, comparativamente a igual período de 2022, houve um acréscimo na captura, na ordem de 4 por cento, quando foram capturadas 76.500 Toneladas.
Piedade Goanhe explicou que o carapau lidera a lista das espécies capturadas, seguido das sardinelas, cavala, taco-taco, corvina, cachucho, caranguejo e lula, representando 86% das capturas.
O responsável afirmou que o censo das embarcações, realizado no primeiro trimestre do ano em curso, permitiu a produção de informações imprescindíveis, que servirão para o Governo do Namibe definir políticas precisas no âmbito dos investimentos previstos para a construção de infra-estruturas de apoio à pesca artesanal, a nível da costa, melhorar o acompanhamento da actividade pesqueira, visando a exploração sustentável dos recursos marinhos e atracção de investimentos para o subsector.
Acrescentou que o censo permitiu ainda o licenciamento de duas mil 132 embarcações de pesca artesanal e de subsistência, das quais mil 507 artesanais comerciais e 625 de subsistência.
Fez saber que na província do Namibe existem 39 empresas do sector pesqueiro, das quais 38 operacionais e uma paralisada.
Explicou que actualmente o sector pesqueiro emprega cerca de 17mil 087 marinheiros, dos quais 10 mil 037 no segmento artesanal e 678 no segmento semi-industrial.
O director argumentou que, para o próximo ano, o sector pretende reforçar a fiscalização pesqueira ao longo da costa, educar e sensibilizar às comunidades ribeirinhas para disseminação de boas práticas da pesca e preservação do meio ambiente, no âmbito da implementação da “Economia Azul”.
Dar continuidade ao processo de cadastramento dos operadores da pesca artesanal e consequentemente a definição da cadeia de valor da pesca, bem como iniciar a 2ª fase do programa de Formação e Capacitação de Mestres, contramestres e marinheiros de pesca.
“Em coordenação com as administrações municipais,vamos proceder ao acompanhamento da actividade pesqueira para que esta contribua de facto no plano social e económico da província”, sublinhou.
Quanto a produção de sal, o director disse que de Janeiro a Novembro do ano em curso foram produzidas 4 mil 725 Toneladas de sal marinho para o consumo humano e produção alimentar, representando um aumento de 10% em relação o período homólogo de 2022.
Sublinhou ainda que os operadores salineiros têm tido muitas dificuldades na obtenção do iodo que é de exportação e distribuição exclusiva do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos.
Avançou que actualmente, a nível da província, existem 6 salinas, das quais 5 operacionais e 1 inoperante, congregando uma mão-de-obra de 258 trabalhadores, tendo adiantado que, através de novos investimentos privados, estão a ser construídas 2 salinas na comuna do Bentiaba e no município do Tômbwa, que vão aumentar a produção do sal em 60%.
O director informou que os produtos do mar têm registado muita procura, quer a nível do mercado interno e para exportação para países como o Japão, Estados Unidos da América, Portugal, China e Reino da Espanha, que tem permitido a atracção de divisas para o país.
“ A questão de escoamento não constituí constrangimento aos operadores”, disse. VR/AC