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Veda do carapau inicia-se a 1 de Julho

     Economia              
  • Namibe • Domingo, 30 Junho de 2024 | 10h01
Peixe capturado (Foto Ilustração)
Peixe capturado (Foto Ilustração)
Rosário dos Santos

Moçâmedes – A veda do carapau, marcada pela proibição da pesca desta espécie pelágica ao longo da costa marítima angolana, vai decorrer de 1 de Julho a 31 de Agosto deste ano, tempo necessário para desova e reprodução plena do peixe.

Segundo o director provincial das pescas no Namibe, Piedade Goanhe, nos últimos dois meses, registou-se um aumento na captura de pescado, comparativamente aos três primeiros meses.

Em Abril último, foram produzidas 14 mil toneladas contra 15 mil toneladas de pescado diverso capturado, em Maio, precisou.

Em declarações à imprensa, durante um encontro que manteve, quinta-feira (27), com os operadores do sector das pescas, a fonte sublinhou que os armadores que tiverem em stock a espécie carapau, até 30 de Junho, deverão declarar às autoridades locais, sob pena de o produto ser confundido como se tivesse sido capturado no período de veda.

Referiu que, no primeiro trimestre deste ano, a caixa de carapau custava cerca de 45 mil kwanzas, enquanto actualmente custa 22 mil kwanzas, fruto da disponibilidade de recursos pesqueiros, no Namibe.

Disse que o aumento da captura resultou, em parte, da veda dos demersais, que já dura dois meses, tendo avançado que o carapau representa 70% da espécie capturada.

Por sua vez, o coordenador do centro regional de fiscalização das pescas do Namíbe, Vicente Neto, reiterou que os armadores deverão, no período de veda, comunicar as autoridades para um maior controlo.

Disse que, de Janeiro até a data presente, foram registadas 20 infracções, sobretudo na pesca artesanal, tendo apontado a falta de informações como as principais causa das irregularidades.

“Os pescadores artesanais precisam estar mais próximos das associações de pesca, de modo a estarem mais informados e evitar-se as infracções”, referiu.

Por outro lado, o vice-presidente da associação provincial de pescas, Paulo Santos, afirmou que apoia a medida  que visa a defesa das espécies, tendo adiantado que vai sensibilizar os associados sobre a medida, no sentido de garantir que todos estejam a cumprir a lei, para o benefício de  todos.

A província do Namibe conta com ma 1 500 embarcações operacionais, sendo que 1 032 encontram-se em Moçâmedes e 475 no Tômbwa. VR/FA/QCB





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