Moçâmedes – Os actos de vandalização no Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM), província do Namibe, provocaram um prejuízo avaliado em 200 milhões de kwanzas, nos últimos dois anos, com a retirada indevida de cobre, ferro e alumínio, ao longo da linha férrea.
Em declarações à ANGOP, o delegado provincial do CFM, Francisco Mário, avançou que os infractores retiraram também 200 pregações e 35 metros de fibra óptica.
Quanto à actividade do comboio, a fonte disse que o CFM contabilizou, em média, 8 174 passageiros, nas quatro carruagens que operam no troço Bibala/Moçâmedes, no período de Setembro a Dezembro deste ano.
Com a disponibilização dos serviços de transporte de passageiros, mercadorias e serviços de correios, nesse período, arrecadou mais de três milhões de kwanzas, representando um aumento de cerca de 90% comparativamente ao igual período do ano anterior.
Com 54 locomotivas e 332 vagões, dos quais 66 operam no percurso de 900 quilómetros, Francisco Mário sublinhou que, até ao momento, o CFM transportou 19 mil e 272 toneladas de ferro gusa, proveniente do Cuando Cubango.
Como perspectiva, o responsável destacou que o CFM projecta a consolidação da estação de mercadoria da Arrimba, implementação da circulação DMU'S Namíbe/Bibala e Quilema/Lubango/Poiares, em 2024.
Ainda no próximo ano, a empresa pretende fazer o acompanhamento da evolução do trabalho de exploração das minas de ferro, para o transporte do minério a partir dos ramais da Jamba, Tchamutete e Cutato, bem como efectivar a exclusividade de transportação de blocos de granito vias Lubango/Namíbe e vice-versa.
Constam também da agenda do CFM a construção do ramal de Macuba, com aproximadamente 5,7 quilómetros, para o terminal da Sonangol no Cuando Cubango, a recuperação e manutenção das locomotivas C30, Aci 1800, para da formação contínua nas distintas áreas. LG/VR/FA/QCB