Mulheres querem políticas mais equilibradas nas empresas mineiras

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 20 Março De 2024    17h45  
Funcionários da Fábrica de Lapidação de Diamante " pollaro "
Funcionários da Fábrica de Lapidação de Diamante " pollaro "
Mariana Guiné-ANGOP

Luanda – As especialistas e funcionárias do sector mineiro angolano defenderam nesta quarta-feira, em Luanda, a necessidade das empresas desta área criarem políticas internas mais equilibradas, para assegurar a produtividade no período entre a licença de maternidade e a pós-maternidade.

Ao intervir na 2ª Mesa Redonda sobre a Mulher na Indústria Mineira Angolana, promovida pela empresa Bumbar Mining, a directora dos recursos humanos do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Paula Fernandes, sublinhou que as políticas internas das empresas devem ser desenvolvidas com base os direitos legalmente estabelecidos pela legislação do país.

Na ocasião, a directora reconheceu que, com a alteração da legislação mineira, as mulheres têm mais direitos relacionados com a licença de maternidade, apesar dos desafios que ainda enfrenta durante o período da gestação.

Na mesma senda, a responsável pela Higiene, Segurança e Ambiente dos Laboratórios Regionais do Instituto Geológico de Angola, Ana Paula de Sousa, advogou a necessidade das empresas prestarem mais apoio e atenção às mulheres em estado de mãe, com vista a afirmação profissional desta franja da sociedade.

Já a directora do gabinete de Qualidade da Sociedade Mineira de Catoca, Engrácia João, defende a necessidade de haver maior solidariedade entre as mulheres, para defesa dos seus direitos.

Na oportunidade, o consultor do secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Adalberto Loneque, realça que a actual legislação garante a saúde da mãe e do filho, sendo necessário passar aos empregadores que “o trabalhador não é uma máquina”.

Por seu turno, o director da Bumbar Mining, Sebastião Panzo, recordou que existe direitos específicos que os empregadores devem observar para manter a produtividade das mulheres no sector mineiro.

Referiu que a mesa redonda surge para reconhecer o papel desempenhado pela mulher na indústria mineira, para além de procurar identificar e criar debates consistentes e sistemáticos sobre os desafios que as mulheres têm neste sector.

Segundo Sebastião Panzo, estima-se a existência de mais de 30 mil trabalhadores no sector, sendo 11% do universo feminino na indústria diamantífera, que tem pelo meonos 20 mil trabalhadores.

Os participantes à 2ª Mesa Redonda sobre a Mulher na Indústria Mineira Angolana reflectirem em torno de questões relacionadas com a maternidade e a carreira das mulheres, a produtividade, assim como a posição das empresas mineiras. HM/QCB





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