Luanda - Pelo menos 50 mulheres portadores de deficiência, afectas a Associação das Mulheres Empreendedora Europa-África, que se dedicam aos mais variados negócios, foram capacitadas em empreendedorismo.
Segundo o docente universitário Hélio Aragão, que falava sobre " O Empreendedorismo em época de crise", disse que há toda uma necessidade de se criar parcerias entre as mulheres empreendedoras, em particular, as com necessidades especiais, porquanto ajuda a dinamizar a economia local.
O docente realça que muitas delas têm valências adquiridas e desenvolvidas, mais precisam de mais conhecimentos em como desenvolver um negócio sustentável e rentável para não se perderem.
Por sua vez, a coordenadora da referida associação, Emília Cacongo, entende que se deve criar condições para que as mulheres com necessidades especiais possam empreender, de forma a ganhar lucros e independência financeira.
“Queremos ter empreendedoras de sucesso, com histórias bonitas para serem contadas futuramente”, disse a responsável.
Emilia Cacongo diz que o actual contexto imposto pela Covid-19 obrigou os países a traçarem novas estratégias, realinharem programas e acções, para dar respostas a crise económica e financeira, onde as mulheres e crianças são as mais afectadas.
As mulheres com necessidades especiais, apontou, constituem um segmento importante para inclusão e justiça social, ao nível das comunidades, motivo pelo qual é o grupo alvo da referida palestra.
Na ocasião, o embaixador da Bélgica em Angola, precisou que, como uma forma de diversificar a economia, também é essencial fomentar o empreendedorismo e incentivar as mulheres portadoras de deficiências.
Já a directora nacional das políticas familiares do Ministério da Família e Promoção das Mulheres, Santa Ernesto, indica que actualmente mais de 462 mulheres forma capacitadas por meio do Instituto Nacional do Emprego e de Formação Profissional (INEFOP).