Ondjiva – Os moto-taxistas do Cunene sugeriram hoje, sábado, a abertura de novas bombas de abastecimento de combustível, na cidade de Ondjiva, para aumentar a venda da gasolina.
Em declarações à ANGOP, os moto-taxistas manifestaram-se preocupados com as horas de espera para adquirirem o combustível nos postos de abastecimento da Pumangol e Sonangol, em Ondjiva e Santa Clara (Cunene).
António Gabriel explicou que tem estado muito tempo na fila de combustível para ser atendido, aconselhando o Governo a estudar a possibilidade de abertura de mais postos de abastecimento em Ondjiva.
Alberto Candeeiro fez saber que abastecer está difícil, as bombas estão sempre cheias e os bombeiros alegam que a gasolina acabou.
“Todos os dias nos deparamos com viaturas com matrículas namibianas e quando chegam têm prioridade, um dos motivos que leva às enchentes, isto nos dificulta a exercer a nossa actividade”, afirmou.
João Manuel referiu que para terem o combustível na mota ficam o dia inteiro a aguardar nas bombas, e já não conseguem, na via, trabalhar o suficiente para prover o sustento da família.
Sugeriu que ainda que haja o aumento policial nas bombas no sentido de fiscalizar o atendimento, visto que alguns chegam e abastecem, mais outros são obrigados a esperar.
Para o moto-taxista Geremias Farias, o Governo deveria rever esta situação para evitar as longas filas nas bombas, que deixa uma má imagem ao “país que é produtor de petróleo”.
A gasolina é o combustível mais procurado com o litro a ser comercializado no valor de 300 kwanzas, nos postos de abastecimento da Pumangol e Sonangol, em Ondjiva e Santa Clara.
O contrabando do combustível na província é visível, o que tem influenciado as enchentes nas bombas, uma prática que envolve cidadãos nacionais e namibianos.
Dados da Polícia Nacional no Cunene indicam que em Julho último, uma viatura funerária de marca Toyota Raider, com matrícula namibiana, foi apreendida, por contrabando de combustível, no posto fronteiriço de Santa Clara.
No decurso do mesmo ano, 20 mil e 810 litros de combustível contrabandeados foram apreendidos, na orla fronteiriça entre Angola e Namíbia. PEM/LHE/AC
