Luanda - O Ministério dos Petróleos e Recursos Minerais (Mirempt) está a promover campanhas no país e no estrangeiro para a atracção de novos “players”, no quadro da diversificação da actividade do sector mineiro em Angola, além dos diamantes.
De acordo com o director nacional dos Recursos Minerais, André Buta, que falou sobre o Código Mineiro de Angola, por videoconferência, até ao momento, cinco acordos foram assinados com a multinacional mineira Anglo-American, para três investimentos em metais básicos, tais como cobre cobalto e níquel (Cunene) e dois no Moxico, para prospecção e exploração de cobre, cobalto e prata.
Falando sobre as alterações regulatórias e legais para atrair o investimento”, numa iniciativa do sector com o apoio da empresa Ernest Young, apontou também o acordo assinado com a empresa de origem turca, a Tosyali Iron & Steel, para exploração de ferro na província da Huila e sua transformação local.
Ainda no quadro da diversificação da actividade do sector mineiro, negociações estão em curso com a Rio Tinto e a De Beers.
Indicadores apresentados, recentemente, na videoconferência sobre diamantes promovido pela Câmara de Comércio e Indústria de Angola e a Dubai Multi Commodities, indica que Angola contribuiu, em 2019, para o mercado mundial, com 7% em quilates de diamantes e nove por cento em valores, ficando entre as primeiras cinco nações relacionadas a produção e quarta em valores.
O país produziu, de Janeiro a Agosto deste ano, 5,3 milhões de quilates de diamantes e até Dezembro prevê chegar aos 8,3 milhões de quilates, registando uma quebra de 20% em relação as projecções iniciais, que eram de 10 milhões de quilates.
Em Angola, de acordo com Código Mineiro, a política de comercialização de diamantes define 20% de exploração para a lapidação e igual quantidade deve ser encaminhada a Sodiam.
Já o regulamento de exploração semi-industrial passou a desempenhar um papel diferente em relação as cooperativas diamantíferas, que estão em processo de transição de dois anos, para se organizarem em empresas e, desta forma, explorar e vender os diamantes à Sodiam.
Entre outros instrumentos jurídicos e politicas fiscais, o país dispõe de três laboratórios para a análise dos recursos minerais, sob responsabilidade do Instituto Nacional Geológico.