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Ressaltada formação para desenvolver indústria petrolífera

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  • Luanda • Segunda, 31 Maio de 2021 | 17h46
Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo (Arquivo)
Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo (Arquivo)
António Escrivão

Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse, esta segunda-feira, que o desenvolvimento da indústria petrolífera no país passa essencialmente pela formação de quadros.

Tendo em consideração que Angola importa cerca de 80% dos derivados de petróleo que consome, por falta de capacidade de refinação interna, aponta Diamantino Azevedo, é imprescindível a capacitação dos quadros, de forma a dinamizar o desenvolvimento da indústria e da economia nacional.

O governante, que falava durante a abertura do relançamento do Centro de Formação Marítima de Angola (CFMA), frisou que a actividade de produção e exploração de petróleo exige investimentos avultados em tecnologia, infra-estrutura, pelo que há toda a necessidade de se capacitar o capital humano, de modo a tornar a indústria mais eficiente e capaz de resolver todos os desafios impostos por essa actividade.

“Num momento em que Angola está empenhada em atrair investimentos e em promover parcerias e negócios em todos os segmentos da cadeia de energia e da indústria petrolífera, o relançamento do Centro de Formação permite dar a conhecer melhor, aos potenciais investidores estrangeiros, a visão que o país tem  no que toca a quadros nacionais", frisou

Além de vários Decretos Presidenciais que visam regular a actividade petrolífera, prosseguiu, foram aprovados diplomas no domínio jurídico-legal, com destaque para a legislação que estabelece os princípios gerais de investimento e o respectivo regime fiscal para as actividades de prospeção, pesquisa, avaliação, desenvolvimento, produção e utilização do gás natural

Sendo este sector de capital intensivo e de tecnologia avançada, destacou que a sua importância será ainda maior se passar a incorporar, de forma crescente, mão-de-obra angolana qualificada, gerando, assim, riqueza para as famílias angolanas.

“A intenção é que, através do processo de revisão da Lei do Conteúdo Local, as empresas petrolíferas cumpram os seus planos de formação e promovam o recrutamento, integração, formação e desenvolvimento de quadros técnicos angolanos em toda a cadeia na hierarquia da indústria petrolífera, aumentando assim para níveis aceitáveis o grau de angolanização do sector", afirmou.

Apesar dos esforços que estão a ser feitos para a diversificação económica, os produtos petrolíferos continuam a dominar as exportações (actualmente, constituem mais de 95% do total).

Sobre o Cento de formação Marítimo de Angola (CFMA)

O Centro de Formação Marítima de Angola é uma entidade independente de direito privado, com instalações nas províncias de Luanda, no município de Cacuaco, e no Cuanza Sul, no município do Sumbe.

É o maior do país dedicado exclusivamente à formação em Segurança (safety) e Arte & Ofícios, com cursos acreditados e aprovados por instituições nacionais e internacionais, prevendo, para este ano, o lançamento de mais de oito mil formandos do sector de petróleo e gás no país.

Esta unidade da Sonangol - E.P é também vocacionada à formação e desenvolvimento de competências nas vertentes de Segurança Marítima, Oil & Gás, Cursos Técnico-Profissionais e Gestão e Soft Skill. 

O CFMA   foi patrocinado pelas associadas da Sonangol do Bloco 16, com vista a formar quadros angolanos para servir o sector marítimo, para que Angola passe a ser auto-suficiente neste sector.

O centro oferece formação básica e especializada de técnicas ligadas ao sector do Petróleo e Gás, tendo ficado inoperante pelo menos dois anos.





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