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Ministro quer rigor no combate aos focos de garimpo de diamante

     Economia              
  • Lunda Sul • Quinta, 26 Setembro de 2024 | 00h57
Ministro de Estado   e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, General  Francisco Pereira Furtado
Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, General Francisco Pereira Furtado
Laite Tito - Angop

Saurimo – O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, denunciou quarta-feira, o envolvimento de cidadãos estrangeiros e adolescentes no garimpo de diamantes na Lunda-Sul, apelando rigor e eficiência no combate ao fenómeno.

“Temos situações graves de desvios até de rios, danos ambientais significativos e uma envolvência grande de cidadãos estrangeiros em conexão com alguns angolanos a realizarem garimpo de diamantes, uma situação que exige proatividade por parte dos órgãos de defesa e segurança”, sublinhou Francisco Furtado, em declarações à imprensa, no final do encontro com os membros do governo da Lunda-Sul.

Segundo o governante, este fenómeno tem criado um ambiente de contraditório na informação de muitas organizações não governamentais, “porque ao tirar estes cidadãos destas áreas, o Estado angolano acaba por ser conotado como violador dos direitos humanos”. 

Por outro lado, disse que o Estado angolano vai tomar algumas medidas para melhorar a proteção fronteiriça fluvial na província da Lunda-Sul, através de sistemas de vigilância electrónica, para o controlo dos espaços que ainda não são cobertos pelos órgãos de defesa e segurança e permitir um combate cerrado ao contrabando de combustível.

Sobre o contrabando, denunciou que troço Muconda (Lunda-Sul) – Luau (Moxico), circula semanalmente camiões transportando cerca de 2 milhões e 900 mil litros de combustível, apenas 10 por cento chegam ao Luau e 90 sãos desviados para a República Democrática do Congo (RDC).

Acrescentou que os serviços tributários e outros órgãos não acompanham este movimento, o que facilita a fuga ao fisco.

“O Estado angolano gasta um volume considerável de divisas  para importar combustível refinado e quando nós vemos que cerca de 80 ou 90 por cento deste combustível que é distribuído para as províncias do Leste e acaba por ser desviado ao Congo é grave e, precisamos imprimir novas dinâmicas no combate desse fenomeno”, realçou.

Apelou maior interação entre os órgãos de defesa e segurança das três províncias do Leste de Angola, visando a eficácia no combate ao contrabando de combustível.

Na ocasião, manifestou-se preocupado com a devastação da flora, por parte de cidadãos nacionais e estrangeiros, principalmente chineses, envolvidos na produção ilegal de carvão vegetal.EM/JW/HD





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