Lubango - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, exortou hoje, sexta-feira, no Lubango, aos operadores mineiros a criar projectos mais sustentáveis, no quadro da sua responsabilidade social para as populações que estiverem adjacentes às minas.
Ao falar na abertura de um conjunto de encontros com operadores de recursos minerais, disse que no referido contributo das empresas do sector, há a necessidade de olhar-se para a qualidade e aposta em iniciativas que criem sustentabilidade para as populações onde estão inseridas as minas.
Disse ser intenção do Executivo autorizar cada vez mais projectos da actividade mineira, mas com maior qualidade do ponto de vista do cumprimento da legislação e respeito das questões ambientais, assim como incluir no processo as comunidades, os governos e as administrações locais.
Ressaltou que às vezes se quer atribuir responsabilidade às empresas que extravasam o contrato, mas as empresa têm de ter em conta que quando está numa determinada zona deve sentir-se parte desta comunidade e dar seu o contributo para além daquilo que já se comprometeu.
Admitiu que há no sector um défice a nível da inserção da responsabilidade social das empresa mineiras, razão pela qual está-se a trabalhar no sentido de que cada vez mais quando negociarem-se os contratos de investimentos mineiros, a componente social seja devidamente cuidada, resultado de uma ampla consulta de todos os actores envolvidos.
Destacou o sector da indústria extractiva como crucial para o mundo, incluindo o petróleo e gás que são hidrocarbonetos, razão pela qual, a qualidade de vida atingida e a que se quer não é possível sem recursos minerais, pois fala-se muito de transição energética e de energia renovável, mas têm de ter o destino do país nas mãos, o que passa por não deixar de explorarem os recursos minerais.
Neste processo, segundo Diamantino Azevedo, os membros do Governo devem saber qual é o seu papel, de não ir além da sua responsabilidade, de dar o suporte necessário na criação de condições regulamentares e institucionais para os empresários exercerem as suas actividades com base na lei, de forma pedagógica e quando necessário coercivamente para terem um processo satisfatório para todos.
Ressaltou o sector mineiro da Huíla como uma das componentes principais da economia da província com um potencial grande, que carece que o Executivo crie condições para que efectivamente a actividade mineira traga resultados tangíveis para a região.
Alertou que o surgimento de uma actividade mineral, numa localidade, não significa que esta empresa vai substituir o Governo, mas para complementar a acção do Executivo.
Já o governador da Huíla, Nuno Mahapi, disse entender ser um encontro importante para todos enquanto cidadãos que auguram um desenvolvimento sustentável do país.
O ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás reuniu, em sessões separadas, com os diversos operadores do sector para auscultação das preocupações e possíveis resoluções conjuntas. Dos encontros para além dos operadores, membros do Governo local e central participaram ainda os sectores da cadeia como a energia, transportes e outros. EM/MS