Luanda - O ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, enalteceu, nesta quarta-feira, o Governo de Angola, pela forma como ao longo do tempo tem sabido cuidar da sua credibilidade financeira.
" É algo que é muito apreciado em Portugal e reconhecido", disse Fernando Medina, durante a cerimónia de assinatura do Protocolo de cooperação técnica para a prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, e do contrato de financiamento da primeira fase do projecto de construção das infra-estruturas da Vila da Muxima.
Apesar das dificuldades, referiu que em cada momento típico e cada exigência que são colocadas, Angola sempre enfrentou um espírito de manter sempre "intocados" os laços de confiança na relação Estado a Estado.
“Por isso mesmo, darmos esse passo adicional de confiança no trabalho conjunto", disse o ministro português, referindo-se ao aumento dos 500 milhões de euros da linha de financiamento à República de Angola, passando de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões.
Outra palavra de reconhecimento expressa por Fernando Medina, está relacionada com a forma, que considerou "clara", como o Governo angolano definiu as suas prioridades do ponto de vista de que há a fazer, como no capital humano, nas infra-estruturas e diversificação da base económica.
"Afirmar que faremos com empenho, sobretudo com grande gosto das empresas portuguesas, e mais ainda do Estado português, aquilo que podermos fazer e que estiver ao nosso alcance para que mais rápido possível se possa concretizar os investimentos e projectos que, no fundo, servirão ao povo angolano", assegurou.
Para si, a visita de trabalho foi produtiva do ponto de vista de encontrar soluções para poderem melhor responder aquilo que é vontade dos governos e de estreitarem a cooperação e os laços que unem os dois países.
" ( ...)Isso significa trabalharmos melhor para resolvermos melhor e mais rapidamente os anseios das populações", sublinhou, destacando o alcance do reforço da cooperação entre os dois países.
Financiamento motiva empresas
Por sua vez, a ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, referiu que o financiamento adicional de 500 milhões de euros vai motivar as empresas portuguesas que têm todo o interesse em fazer parte do processo de construção de uma "nova Angola", agradecendo em nome do povo angolano.
Na óptica da ministra, a visita do homólogo português foi marcada por um diálogo aberto. A responsável manifestou confiança nos resultados práticos, em termos de cooperação financeira e económica entre os dois países.
No quadro da cooperação da assistência técnica, Vera Daves disse também que Angola vai "tirar partido" da experiência da República portuguesa em diferentes domínios, apontando no campo das finanças públicas e taxa, e área de combate ao branqueamento de capitais.
"Não queremos só dinheiro, mas também queremos o saber, e contamos tirar o melhor partido do Ministério das Finanças e outros parceiros de Portugal", defendeu.
Angola e Portugal são países que conservam fortes laços históricos de cooperação que têm evoluído em vários domínios como da saúde, educação, formação, agricultura, ambiente, energia, água, justiça, segurança e defesa. NE/PPA