Luanda - O combate à exploração ilegal de diamantes, ao branqueamento de capitais e ao envolvimento de crianças em actividade extractiva são algumas das medidas que Angola continua a observar para a contínua valorização dos diamantes naturais, num contexto de aumento das pedras sintéticas, disse, esta quinta-feira, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo.
Em declarações à imprensa no termo de um encontro com o presidente do Processo Kimberley (PK), Ahmed Bin Sulayem, o governante defendeu a necessidade de protecção do ambiente e das comunidades que circundam projectos diamantíferos e o combate à imigração ilegal.
Falou igualmente da implementação do sistema de rastreabilidade dos diamantes, com vista a manter os preços a níveis que permitam rentabilizar a exploração.
Diamantino de Azevedo precisou que o Executivo vai continuar a defender tais desígnios para a salvaguarda deste mineral, tendo em conta a importância e o potencial de Angola no mercado mundial de diamantes naturais.
Durante o encontro os interlocutores abordaram, entre outros, aspectos ligados a formação de técnicos angolanos em exploração, produção, corte e polimento de diamante.
Falaram também sobre os sistemas de certificação de diamantes, mercado mundial desta commodities e as sanções contra os diamantes russos impostas pelo G7.
Luanda acolhe hoje e sexta-feira a reunião do Comité “Ad Hoc” de Revisão e Reforma do Processo Kimberley, que visa rever o conceito de diamantes em conflito e os diplomas que conformam o PK, assistência técnica às comunidades adjacentes às áreas de exploração, bem como preparar a plenária do mecanismo, a decorrer de 11 a 15 de Novembro próximo, nos Emirados Árabes Unidos.
O encontro, que decorre no sistema híbrido, conta com a participação de representantes de grande parte dos países-membros deste mecanismo das Nações Unidas, estabelecido há 21 anos, com o intuito de evitar o comércio de diamantes de guerra. ACC/VC