Talatona – Os projectos de exploração de ouro “Mapele” e “Lombe Mining”, em execução nas províncias da Huíla e de Cabinda, respectivamente, poderão entrar em funcionamento no segundo semestre deste ano, de acordo com ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Diamantino de Azevedo, que falava à imprensa terça-feira, em Luanda, no final de um encontro de trabalho do seu pelouro, reafirmou a aposta do Governo em investir no sector mineiro, para a transformação económica e social do país
Neste quadro, o ministro anunciou que quatro outros projectos de exploração de metais ferrosos e não ferrosos serão implementados em 2025, designadamente Kassala Kitungo Cassinga, ambos de ferro, Niobonga (nióbio e ferro) e Bolongongo (manganês, ferro e quartzo).
Por outro lado, disse que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás prevê a retenção, este ano, da produção de petróleo no país acima de um 1.060.000 barris/dia (um milhão e sessenta mil barris/dia).
Apesar de considerar uma previsão positiva, alertou para a eventualidade de ocorrer avarias não previstas e dificuldades com o preço.
Durante o encontro, foram analisadas questões inerentes ao cumprimento do Plano Desenvolvimento Nacional (PDN) e do Plano Desenvolvimento do Sector (PDS) 2023-2027, com realce para o investimento na exploração, licitação de blocos e produtividade.
"A maior parte dos campos são maduros e é preciso encontrar soluções para que as metas e objectivos do sector de petróleo sejam alcançados", disse o governante.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Martins, disse que o encontro serviu para fazer uma analise daquilo que cada entidade ligada ao sector tem estado a fazer para atingir os objectivos definidos para a área.
Já o seu homólogo da Endiama, Ganga Júnior, afirmou que por força da conjuntura internacional há uma redução na compra e venda de diamantes, referindo que existem empresas no país que não conseguem vender a sua produção desde Abril.
Frisou igualmente que há redução significativa de preços dos produtos na ordem dos 20 por cento, de um ano para o outro, pelo que defendeu a criação de condições para se alterar o quadro.
O administrador Executivo da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Alcides Andrade, salientou que o objectivo do sector é manter a actual produção e continuar a procurar soluções para o seu aumento.GIZ/MAG