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Ministro destaca aposta no agronegócio para diversificação da economia 

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 22 Abril de 2023 | 05h53
Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João
Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - O ministro da Economia e Planeamento(MEP), Mário Caetano João, destacou a aposta do Governo no agronegócio para o processo da diversificação da economia angolana, saindo de 57% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para cerca de 75% em 2022.

Falando em entrevista à Voz da América(VOA), sublinhou que o contributo do agronegócio fez com que actualmente o sector não petrolífero corresponda a 25% no PIB.

Mário Caetano João considera terem existido avanços, apesar de o país ainda ser  dependente de receita: “continuamos a ser, em cerca de 66%, dependentes do sector petrolífero, e 95% das exportações”.

Acrescentou que se está a trabalhar para se atingir os outros dois índices, em concreto o índice dos activos humanos e o de vulnerabilidade económica.

"Angola é um país dependente ainda no que toca as receitas fiscais do sector extrativo (petróleo, gás e diamantes), pois sempre que há algum tipo de turbulência nos preços internacionais o tesouro sente e por consequência o OGE e o sector social", disse.

O ministro realça que no sector económico nota-se a existência de um empresariado que começa a ganhar robustez, com a banca comercial a acreditar, em 2022, mais no referido sector e disponibilizando mais de 2 mil milhões de dólares para as mais diversas actividades, com o foco no agronegócio.

Reconheceu que Angola precisa de alterar mais rapidamente o seu paradigma, exemplificando que antes da independência foi construída para ser um mercado de exportação, mas, Infelizmente, com a guerra civil, começou a tornar-se num país dependente das importações chegando ao ponto de 95% dos bens e serviços consumidos ser importado (…).

Assegurou estarem a alterar o paradigma do país, para deixar de ser uma operação logística de importação e distribuição, “onde não se precisar de ter as cadeias de valor e onde os segmentos não são usados, porque simplesmente os produtos que vem do exterior eram simplesmente distribuídos.

Fez saber que o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) tem sido o  que mais tem estado a dar crédito a  economia angolana.

“A taxa de crescimento até 2020 na agricultura era de aproximadamente 1,1 e hoje temos 5%, consecutivamente”, reforçou.  

Durante a entrevista, o ministro fez saber que Angola está a trabalhar com as Nações Unidas para poder apurar em que situação se encontram os três critérios para a graduação de Angola a País de Rendimento Médio.

Por outro lado, disse que ser preciso um empresariado maduro, ambiente de negócio propício, para a banca financiar o empresário e este ter acesso ao mercado para conseguir vender a sua mercadoria e não ter dificuldades de acesso a outros mercados.

"Depois, precisamos que a banca seja mais capacitada para que possa melhor identificar os riscos dos mais diversos projectos agrícolas”, reforça.

O ministro da Economia e Planeamento realça, igualmente, a implementação do Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRÃO), Plano Nacional de Fomento e Desenvolvimento da Pecuária (PLANAPECUARIA) e do Plano Nacional de Fomento das Pescas (Planapescas 2023-2027).HEM/AC

 



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