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Ministro de Estado destaca vantagens do plano de cotação na Bolsa de Valores

     Economia              
  • Luanda • Domingo, 01 Maio de 2022 | 14h37
Manuel Nunes Júnior, ministro de Estado para a Coordenação Económica
Manuel Nunes Júnior, ministro de Estado para a Coordenação Económica
Clemente dos Santos

Luanda - O ministo de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, afirmou que a primeira oferta pública inicial de Angola vai testar o "apetite" dos investidores antes de listar mais activos este ano.

Em entrevista à Bloomberg,  o ministro avançou que o  Banco BAI, o maior credor do país, listará 10% das suas acções, actualmente, controladas pelo Estado, a 9 de Junho.

As ofertas incluirão participações estatais no banco Caixa Geral Angola SA, na rede angolana de postos de gasolina Sonangalp e na TV Cabo Angola. 

Segundo o ministro, as empresas privadas também devem seguir o exemplo.

Manuel Nunes Júnior adiantou que as empresas dos sectores petrolífero, da construção e financeiro também demonstraram interesse em listar as suas acções em bolsa.

 “Estão em processo de preparação para garantir que cumpram todos os requisitos regulatórios", reforçou. 

Conforne o governante, a venda de acções fara parte do maior programa de privatizações de sempre de Angola, que tem cerca de 195 activos destinados à alienação, e visa atrair investidores estrangeiros para diversificar a economia centrada no petróleo.

" O Governo optou por vender alguns desses activos na bolsa para trazer maior transparência ao processo", disse Nunes Junior.

Angola, disse, está a trabalhar antes que o  mercado de acções tenha liquidez suficiente para poder competir com outras bolsas. 

O Banco BAI será a primeira listagem de acções com apenas 10% das suas ações, avaliadas em cerca de 97 milhões de dólares, sendo negociadas. 

De acordo com o ministro, o governo ainda não definiu uma data para a venda de participações das duas maiores empresas - a petrolífera Sonangol e a empresa de diamantes, Endiama.

"O caminho para um mercado de capitais forte e com liquidez suficiente é exigente”, disse Nunes Junior.

Crescimento mais forte 

O ministro, encarregado de reanimar a economia angolana que saiu de uma recessão de cinco anos em 2021, disse que o governo está a rever as suas projecções económicas que poderão mostrar um "crescimento ligeiramente mais forte" para 2022. 

A previsão actual é de que o produto interno bruto cresça 2,4%, este ano, acima de 0,7% em 2021, de acordo com o orçamento de 2022.

A economia de Angola está a beneficiar do aumento dos preços do petróleo e do crescimento da indústria, que vão desde a agricultura à construção. 

Enquanto o orçamento do país para 2022 foi baseado no preço do petróleo de 59 dólares por barril, os preços do petróleo flutuaram em torno de 100 dólares  por barril ao longo de abril, impulsionados pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

“Isso nos dá a oportunidade de reforçar as nossas reservas de caixa, dando-nos maior segurança para a execução normal de nossas despesas”, disse Nunes Junior.

O conflito, no entanto, também aumentou o custo de commodities como alimentos, fertilizantes e óleo de girassol.

 "Angola, que importa a maior parte dos seus bens de consumo, está  “exposta a importações mais caras e corre o risco de alguma pressão sobre os preços internos”, disse.

Manuel Nunes Júnior adiantou que o governo criou um grupo de trabalho para avaliar o impacto do conflito Rússia-Ucrânia, incluindo o impacto nos preços e na inflação.

"O objetivo é apresentar medidas para mitigar esses impactos e aliviar os custos crescentes para as famílias angolanas", disse.





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