Ministro de Estado defende estudo de experiências de manutenção das estradas

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  • Luanda • Terça, 08 Novembro de 2022 | 13h38
Estrada asfaltada (Foto ilustração)
Estrada asfaltada (Foto ilustração)
Bráulio Pedro - Angop

Luanda - O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, considerou, esta terça-feira, em Luanda, a necessidade de se estudar experiências de outros países da região no domínio da construção e manutenção das estradas.

O governante, que falava na abertura da reunião da Associação dos Fundos Rodoviários dos Países SADC (ASAFG), recordou que, depois do alcance da paz em 2002, Angola construiu e reabilitou vários quilómetros de estradas, mas não tem sido muito bem sucedido no que respeita à manutenção das mesmas.

“Depois da conquista da paz definitiva em Angola em 2002, o país deu passos muito importantes no que respeita à reabilitação de estradas em todo o território nacional, o que conduziu a melhorias significativas no que respeita à circulação de pessoas e bens no país”, sublinhou.

No entanto, ressaltou que na região austral do continente e outros países africanos há experiências de reconhecido sucesso, no que se refere a qualidade das suas infra-estruturas rodoviárias, que devem ser estudadas e aplicá-las no âmbito da associação, pois “imitar boas práticas deve ser visto como um acto de sabedoria”.

Referiu que tem de se estudar as melhores práticas dos países da região, sobretudo em aspectos de serem capazes de realizar investimentos nas estradas, num contexto de escassez de recursos financeiros.

Por seu turno, o presidente da ASAFG, Ângelo Macuacua, indicou que a organização controla um milhão de quilómetros de estradas classificadas na região austral, o que representa um terço das vias do continente.

“ A missão da organização é trocar experiências para procurar e mobilizar fundos para manter a qualidade delas e melhorar a circulação”, asseverou.

O continente, apontou, tem muitas dificuldades em conseguir fundos para manter as estradas, cabendo a cada país mobilizar-se e conseguir financiamento para melhorar a sua malha rodoviária.

Para o Presidente do Conselho de Administração do Fundo Rodoviário e Obras Especiais (FROE), Conceição Cristóvão, a ineficiência da manutenção das estradas tem a ver com a falta de recursos, por isso, Angola vai, neste encontro, colher experiência dos demais países membros para a conservação das suas vias.

Dados do Fundo Rodoviário indicam que Angola tem uma rede de estradas superior a 14 mil quilómetros.

A ASAFG existe desde 2003 e Angola tomou a iniciativa de adesão a esta organização em 2021, sob proposta do Fundo de Estradas de Moçambique, tendo participado pela primeira vez numa reunião regional em Fevereiro deste ano, em Maseru, Leshoto.

Entretanto, a formalização da adesão só aconteceu em Maio passado na assembleia geral da associação, que decorreu em Dakar, Senegal.

O encontro decorre sob o lema”Fundos de manutenção de estradas de África-pilares do desenvolvimento sustentável”.

Na  reunião da ASAFG (de três dias), pela primeira vez em Angola, se discute as formas de se conseguir fundos para manter a malha rodoviária dos países da SADC.  

Participam do evento, representantes de Comores, Lesotho, Moçambique, Madagáscar, Malawi, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.

 



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