Dundo – O ministro da Energia e Águas, João Borges, manifestou, nesta segunda-feira, no Dundo, Lunda Norte, satisfação com o grau de execução física das obras de ampliação da Barragem Hidroeléctrica do Luachimo, em curso desde 2018.
Avaliadas em mais de 212 milhões de dólares, por via de uma linha de crédito da China, as obras de ampliação, que actualmente rondam os 70 por cento, elevará de 8,4 para 34 megawatts (MW) a capacidade energética fornecida pela infraestrutura.
“Estamos satisfeitos com o grau de execução física desta empreitada, apesar de alguns constrangimentos de ordem financeira que estamos a tentar ultrapassar, para que possamos trazer em tempo oportuno os equipamentos que estão a ser fabricados no exterior", disse o ministro, em declarações à imprensa no final da visita ao empreendimento.
João Baptista Borges adiantou que as primeiras duas turbinas serão instaladas no primeiro semestre deste ano, para gerar 17 megawatts (MW) de energia, sendo que as restantes duas serão montadas no final do ano em curso, totalizando 34 MW.
Actualmente estão em curso trabalhos na tomada de água, colocação das comportas, reparação do descarregador do fundo e de superfície, betonagem da drenagem e enroscamento argamassado no canal e na câmara de cargas.
Relativamente a subestação, as estruturas metálicas já foram todas afixadas, apenas faltando a colocação dos equipamentos e fazer a cablagem até ao edifício de comando e controlo.
A entrada em funcionamento do projecto energético, que contará com uma central composta por quatro grupos geradores de 8.5 megawatts cada, perfazendo um total de 34, vai permitir a expansão de energia em benefício de 186 mil residentes na cidade do Dundo e nos municípios de Cambulo e Lucapa, incluindo as localidades de Fucauma, Cassanguidi, Luxilo e Calonda.
A construção da Barragem Hidroeléctrica de Luachimo data de 1950. Entrou em funcionamento em 1957.
Actualmente, 17 mil e 950 clientes, dos quais 13.250 no sistema pós-pago e 4.700 pré-pago, beneficiam de energia eléctrica da rede pública no município de Chitato, através de uma central térmica com 30 megawatts, enquanto os nove municípios do interior são abastecidos com grupos geradores, beneficiando pouco menos de dez mil famílias.