Ministro apela participação activa da população no censo piloto

     Economia           
  • Luanda • Quinta, 20 Julho de 2023 | 07h50
Ministro de Estado da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado
Ministro de Estado da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado
Tarcísio Vilela - ANGOP

Luanda – O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, apelou, quarta-feira, a sociedade a participar e contribuir no fornecimento de dados aos operadores censitários, no quadro do Censo Piloto 2023.

O Censo Piloto vai decorrer entre 19 de Julho a 19 de Agosto nas províncias do Bengo, Bié, Cuando Cubango, Cunene, Luanda, Lunda Norte e Uíge, com o intuito de se testar o nível de prontidão para a intervenção de todos os procedimentos associados à implementação operativa, logística, técnica-funcional e organizativa, para o êxito do censo geral da população a acontecer em 2024.

Francisco Pereira Furtado, que falava na cerimónia de abertura oficial da abertura do evento, frisou que visa, igualmente, garantir e preparar as condições técnicas, financeiras, materiais e logísticas para o Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo em vista a visão estratégica do Executivo para o Censo Geral de 2024.

De acordo com o coordenador da Comissão, as informações recolhidas permitirão obter indicadores de “quem somos, quantos e como vivemos”, daí que apela à transmissão da informação e sensibilização da população.

O responsável reconhece que poderá haver alguns constrangimentos, tais como o processo da transumância, em algumas regiões, a língua na comunicação, a falta de rede eléctrica em algumas zonas rurais, entre outros aspectos, pelo que se devem unir energias para superar estas dificuldades.  

Já o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, informou que o governo tem disponível cerca de 30 mil milhões de Kwanzas para a acção de actualização cartográfica, e outros processos, que vão ajudar a quantificar melhor as receitas e recursos para cada região, programas e projectos para melhorar a vida da população.

O ministro reiterou a importância da realização do Censo na recolha de dados sobre o crescimento da população, para pesquisas académicas, sociológicas, económicas, estudos de mercados e outras intervenções na sociedade.

Mário Caetano João deu conta que estes dados e informações ajudam a combater as desigualdades sociais e promover o equilíbrio socioeconómico entre os cidadãos.

Por sua vez, o director do INE, José dos Santos Calenji, apresentou a visão e estratégia da instituição, referindo-se ao enquadramento do Censo Piloto, a actualização da cartografia censitária, contribuições ao questionário,  estratégia de apoio logístico, armazenamento dos dados, entre outros aspectos.

Segundo o interlocutor, foram formados vários assistentes técnicos de níveis provincial, municipal e local, 461 agentes de campo, mais de 500 recenseadores, 114 motoristas, informáticos e outros técnicos, prevendo-se o envolvimento de cerca de 1 840 elementos.

José Calenji falou ainda da questão da recolha dos dados em campo e a sua digitalização em Luanda, a apresentação dos dados em duas fases, primeiro em três meses, provisórios, e depois em 18 meses, os definitivos, resultado do Censo Geral de 2024.

Angola realizou já dois Censos Gerais da população e habitação, nomeadamente em 1970, na época colonial, e em 2014, após a independência nacional, sendo o registo estatístico de 2024, a terceira operação censitária que o país realizará. JD/VM

 

 



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