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Ministro apela ao uso racional dos recursos minerais

     Economia              
  • Huíla • Terça, 27 Abril de 2021 | 13h24
Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo (Arquivo)
Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo (Arquivo)
António Escrivão

Lubango – Angola precisa de utilizar os seus recursos minerais com mais racionalidade, respeito pelo ambiente e consideração pelas comunidades das áreas mineiras, defendeu esta terça-feira, no Lubango (Huíla), o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

Diamantino de Azevedo, que falava num encontro com a comunidade académica da Universidade Mandume Ya Ndemofayo, para saudar o Dia do Trabalhador Mineiro, que hoje se assinala, cujo acto central a Huíla acolhe, defendeu a necessidade de evitar o “extremismo” na exploração dos recursos, para evitar males maiores no futuro.

“Não devemos ser extremistas, mas sim procurar o equilíbrio, porque a vida na terra não se fará e nem se faz sem os recursos minerais”, alertou.

Na ocasião, Diamantino de Azevedo falou dos projectos em curso no sector como o início da exploração do manganês em Malange, assim como a transferência da sede da Endiama Mining e da Fundação Brilhante para o Dundo (Lunda Norte), levando-os mais perto das operações mineiras, de modo a serem mais actuantes nos projectos que o grupo desenvolve.

Noutra vertente, o ministro voltou a reafirmar a necessidade do país aumentar a capacidade de lapidar o diamante, fixada actualmente em apenas um por cento do produto bruto que explora.

Disse que este quadro deverá ser invertido, ainda este ano, com a inauguração do Polo de Lapidação de Diamantes de Saurimo.

Por outro lado, Diamantino de Azevedo fez saber que com os novos laboratórios geocientíficos que o país está a ganhar, um deles inaugurado hoje na Huíla, estão a ser   criadas as condições para que, aos poucos, Angola deixe de enviar amostras de minérios ao exterior.

Referiu que os laboratórios estão equipados com tecnologia de ponta e manuseados por técnicos capazes, o que vai ajudar a mobilizar novos investimentos para o sector.

“O país já possui oito laboratórios e é necessário que a academia faça o bom uso desses instrumentos, pois o investimento da mineração precisa da investigação científica”, disse.

Em relação à província da Huíla, disse que a reactivação da exploração do ferro em Cassinga (município da Jamba, Huíla), que tem um novo parceiro, é a prioridade, um  investimento que prevê a construção de uma siderurgia no Namibe.

Projecto de Cassinga, em 1978 teve o registo do maior carregamento de ferro no Mundo, num único navio, no Porto Mineiro de Sacomar.

Ainda na Huíla, deu a conhecer que estão em curso trabalhos de prospecção de ouro (Chipindo), nióbio (em Quilengues), diamantes (Quipungo e Jamba), sendo que alguns deles darão em minas de exploração, devendo contar com o sector privado.

Revelou também que nessa província, o Instituto Geológico de Angola está a desenvolver um estudo com sua congénere alemã de aquíferos subterrâneos, para providenciar conhecimentos técnicos e científicos que visam a abertura de furos de águas para a população e actividade económica da região.





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