Luanda - O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, anunciou esta terça-feira, em Luanda, a construção de um novo parque de energia fotovoltaica, com capacidade de produção de 500 megawatts, no quadro da transição energética em curso no país.
Falando à imprensa a propósito da mensagem sobre o Estado da Nação, endereçada pelo Presidente da República, João Lourenço, o ministro, que não precisou o período de arranque, nem o local a ser erguido projecto, disse que o país está definitivamente apostado em soluções renováveis, exemplificando os investimentos feitos nos parques de Benguela, dos maiores da África subsariana em termos de energia solar.
Recordou que, até 2027, o país prevê cobrir 50 por cento da população em termos de distribuição de energia eléctrica, o que significa o acesso a este bem a 16 milhões de pessoas.
“Estamos a trabalhar para isso, não só nos domínios da interligação com a rede existente, mas também com soluções fotovoltaicas que vão permitir electrificar 56 localidades do Leste e 60 do Sul”, aclarou João Baptista Borges.
No domínio das águas, referiu que a aposta recai na duplicação do abastecimento em Luanda, para eliminar o actual défice, objectivando-se, a breve trecho, mais de 400 mil ligações domiciliares, sobretudo nos bairros Zango, Mulenvos e Belas, para além da construção de um sistema de água na cidade de Nadalatando, província do Cuanza-Norte.
Reiterou, ainda, o compromisso do Executivo no combate à seca nas províncias do Cunene, Namibe e Huíla.
Por sua vez, o ministro da Agricultura, António Assis, referiu que, em traços gerais, a mensagem versará as medidas a serem adoptadas para melhorar a situação socioeconómica do país.
Aproveitou a ocasião para reiterar o envolvimento de todos os angolanos nos esforços para o aumento da produção agrícola, para a garantia da segurança alimentar.
O Chefe de Estado endereçou hoje, na abertura da III Sessão Legislativa, uma mensagem sobre o Estado da Nação e as políticas preconizadas para a resolução dos principais assuntos, promoção do bem-estar dos angolanos e desenvolvimento do país. ACC/VC