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Ministra das Pescas destaca resiliência dos operadores do sector salineiro

     Economia              
  • Benguela • Quarta, 07 Fevereiro de 2024 | 07h35
Ministra das Pescas inaugura Salina Tchicamby na cidade do sal
Ministra das Pescas inaugura Salina Tchicamby na cidade do sal
Antonio Lourenço

Benguela - A ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, afirmou, nesta terça-feira, que a entrada em funcionamento das Salinas Tchicamby, localizadas no município da Baía Farta, prova a resiliência dos operadores angolanos do sector.

Falando na cerimónia de inauguração desta unidade de produção, na "cidade do Sal", a ministra destacou o facto de ser um projecto ambicioso, de iniciativa de jovens angolanos e que vai contribuir significativamente na oferta deste produto ao mercado nacional e não só.

As Salinas Tchicamby vão produzir anualmente cerca de 50 mil toneladas de sal e empregam, neste momento, 320 trabalhadores directos e 135 indirectos, mas pretendem atingir os mil postos de trabalho até ao fim do ano.

Na ocasião, a governante falou da importância do sal que, além da sua utilização na indústria alimentar, também é uma matéria-prima bastante usada na cosmética, no sector petrolífero e na saúde.

"Tivemos em 2022 uma produção de 220 mil e 932 toneladas de sal, que ultrapassou a meta estabelecida, que era de cem mil, mas no ano seguinte houve uma pequena quebra", afirmou.

Segundo a ministra, vários motivos estiveram na base desta quebra, mas está confiante no aumento da produção, este ano, com a entrada em funcionamento das Salinas Tchicamby.

"O Governo está a trabalhar na definição e implementação de políticas públicas para promoção do desenvolvimento empresarial, tendo em conta a sua sustentabilidade administrativa e financeira", disse.

Elogiou o apoio do Banco de Desenvolvimento Angolano, que financiou este projecto, o que demonstra  a confiança no empresarisdo nacional, mas também ajudar o sector a atingir as metas desejadas para o consumo interno e não só.

Carmen do Sacramento Neto garantiu também que o seu Ministério vai apoiar a  produção nacional, para que satisfaça o consumo interno e que o excedente seja para comercialização externa.

"Temos um horizonte de atingir os níveis de produção da Namíbia, mas, primeiro, temos de ter os pés assentes no chão e olharmos para a nossa estrutura fixa, para a produção do sal", enfatizou.

Segundo a governante, o Ministério compromete-se  em trazer o apoio institucional que vai permitir que a capacidade instalada das Salinas Tchicamby, nesta fase, atinja uma produção de quatro mil e 200 toneladas/mês, e no fim do ano possa chegar às  50 mil e 400 toneladas. 

As salinas Tchicamby estão implantadas na cidade do Sal, zona do Chamume, município da Baía Farta, e ocupam uma área de 280 hectares.

A cidade do Sal, localizada 20 quilómetros a sul da sede municipal da Baía Farta, é um dos projectos mais ambiciosos para garantir a auto sustentabilidade na produção deste produto a nível do país e ocupa uma área de cerca de 11 mil hectares.

Actualmente, operam nesta zona nove salinas, fazendo da província de Benguela a maior produtora de sal no país. TC/CRB 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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