Benguela - A ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, afirmou, nesta terça-feira, que a entrada em funcionamento das Salinas Tchicamby, localizadas no município da Baía Farta, prova a resiliência dos operadores angolanos do sector.
Falando na cerimónia de inauguração desta unidade de produção, na "cidade do Sal", a ministra destacou o facto de ser um projecto ambicioso, de iniciativa de jovens angolanos e que vai contribuir significativamente na oferta deste produto ao mercado nacional e não só.
As Salinas Tchicamby vão produzir anualmente cerca de 50 mil toneladas de sal e empregam, neste momento, 320 trabalhadores directos e 135 indirectos, mas pretendem atingir os mil postos de trabalho até ao fim do ano.
Na ocasião, a governante falou da importância do sal que, além da sua utilização na indústria alimentar, também é uma matéria-prima bastante usada na cosmética, no sector petrolífero e na saúde.
"Tivemos em 2022 uma produção de 220 mil e 932 toneladas de sal, que ultrapassou a meta estabelecida, que era de cem mil, mas no ano seguinte houve uma pequena quebra", afirmou.
Segundo a ministra, vários motivos estiveram na base desta quebra, mas está confiante no aumento da produção, este ano, com a entrada em funcionamento das Salinas Tchicamby.
"O Governo está a trabalhar na definição e implementação de políticas públicas para promoção do desenvolvimento empresarial, tendo em conta a sua sustentabilidade administrativa e financeira", disse.
Elogiou o apoio do Banco de Desenvolvimento Angolano, que financiou este projecto, o que demonstra a confiança no empresarisdo nacional, mas também ajudar o sector a atingir as metas desejadas para o consumo interno e não só.
Carmen do Sacramento Neto garantiu também que o seu Ministério vai apoiar a produção nacional, para que satisfaça o consumo interno e que o excedente seja para comercialização externa.
"Temos um horizonte de atingir os níveis de produção da Namíbia, mas, primeiro, temos de ter os pés assentes no chão e olharmos para a nossa estrutura fixa, para a produção do sal", enfatizou.
Segundo a governante, o Ministério compromete-se em trazer o apoio institucional que vai permitir que a capacidade instalada das Salinas Tchicamby, nesta fase, atinja uma produção de quatro mil e 200 toneladas/mês, e no fim do ano possa chegar às 50 mil e 400 toneladas.
As salinas Tchicamby estão implantadas na cidade do Sal, zona do Chamume, município da Baía Farta, e ocupam uma área de 280 hectares.
A cidade do Sal, localizada 20 quilómetros a sul da sede municipal da Baía Farta, é um dos projectos mais ambiciosos para garantir a auto sustentabilidade na produção deste produto a nível do país e ocupa uma área de cerca de 11 mil hectares.
Actualmente, operam nesta zona nove salinas, fazendo da província de Benguela a maior produtora de sal no país. TC/CRB