Tômbwa – O secretário de Estado para as Pescas e Recursos Marinhos, Álvaro dos Santos, defendeu, esta quinta-feira, no município do Tômbwa, província do Namíbia, a necessidade de se criar melhores condições de higiene sanitária nos pontos de descarga de pescado, para evitar doenças como a cólera que assola o país.
Em declarações à imprensa, no final de uma visita de trabalho que permitiu constatar e auscultar os operadores da pesca artesanal, o dirigente lembrou que a venda de pescado e demais produtos ao longo da orla marítima sem higiene, aumenta a insegurança alimentar, provocando riscos de contaminação.
Questionado sobre a proibição da pesca de cerco desenvolvida pelas embarcações denominadas "rapa", o secretário de Estado esclareceu que a medida visa combater a pesca nas zonas de reprodução das espécies e garantir a sustentabilidade.
Sobre a indústria salineira, o secretárioel considerou importante elevar o nível de organização e diversificar os produtos originários do sal.
Por outro lado, o responsável da associação municipal da pesca artesanal, Zeferino Kanguma, disse que a proibição da pesca de cerco terá impacto negativo na vida das famílias que dependem desta actividade.
Argumentou que, actualmente, essa actividade abastece as empresas de congelação de pescado quando as grandes embarcações se debatem com a escassez do produto.
Disse que o município contabiliza 895 embarcações de pesca artesanal, explicando que em 2024 capturaram mais de 50 mil toneladas de pescado diverso.
Já o administrador municipal do Tômbwa, Adilson Hach, tranquilizou os operadores destacando que as medidas de gestão de pesca visam imprimir maior organização ao sector, reforçando o compromisso das autoridades em ajudar na formalização do segmento da pesca artesanal.
No Tômbwa, o secretário de Estado visitou as empresas salineiras, indústrias pesqueiras e pontos de descarga de pesca artesanal. VR/FA/QCB