Ministério da Habitação reitera aposta na autoconstrução dirigida

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  • Luanda • Quarta, 08 Fevereiro de 2023 | 03h57
Auto-construção dirigida (foto ilustração)
Auto-construção dirigida (foto ilustração)
José Cachiva

Luanda – A autoconstrução dirigida continua a ser um dos principais foco do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, com vista o aumento da oferta habitacional para os cidadãos angolanos.

De acordo com o secretário de Estado do Urbanismo e Habitação, Adérito Mohamed, o processo de disponibilização de terrenos urbanizados para que cada cidadão construa a sua casa permitirá os beneficiários obterem lotes com infra-estruturas mínimas que facilitam a constituição da segurança jurídica dos imóveis.  

Em declarações à imprensa, no quadro da apresentação do “Estudo diagnóstico da urbanização em Angola”, feita esta terça-feira, em Luanda, o dirigente reiterou que o Governo angolano vai continuar a apostar na criação de condições para disponibilização de terrenos infraestruturados às populações que almejam realizar o sonho da casa própria.

Sob o lema “Cidades de Angola: Agarrar a oportunidade”, a apresentação pública do diagnóstico urbanístico angolano é uma iniciativa do Banco Mundial, com objectivo de se compreender o papel da urbanização como motor de crescimento inclusivo e resiliente.

A análise do Banco Mundial visa também apoiar a agenda de reformas do Governo de Angola na identificação e avanço de intervenções prioritárias no sector urbano que promovam um modelo de crescimento mais diversificado.

Segundo o estudo desta instituição financeira internacional, Angola está entre os países mais urbanizados da África subsariana e a população urbana continua a crescer, ou seja, aproximadamente 67% dos angolanos (mais de 21 milhões de pessoas) vivem em áreas urbanas.

Porém, o Banco Mundial refere que a urbanização em Angola “não se traduziu plenamente no crescimento económico e na redução da pobreza”.

Ou seja, esclarece o estudo, o país urbanizou-se sem transformação estrutural (sem o desenvolvimento de um sector industrial que atrai trabalhadores agrícolas para a cidade à procura de empregos bem remunerados).

 





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