Luena - Os constrangimentos registados pelos madeireiros da província do Moxico para o transporte da madeira às principais zonas de comercialização do produto, alegadamente, causados por agentes da Polícia Nacional (PN), estão ultrapassados, assegurou o secretário de Estado para as Florestas do Ministério da Agricultura e Pescas, André Jesus Moda.
André de Jesus Moda falava, na última terça-feira, à ANGOP, no Luena, no termo da visita de trabalho de cinco dias ao Moxico, que serviu para constatar a problemática da exploração da madeira na província, tendo reconhecido haver excessos de fiscalização dos agentes da Polícia Nacional.
Os alegados excessos foram denunciados pelos empresários madeireiros num encontro que mantiveram com o secretário de Estado para as Florestas, durante o qual queixaram-se de estarem a enfrentar “inúmeras dificuldades” com a circulação e fiscalização da madeira, por causa da actuação dos agentes da Polícia Nacional.
Essa situação, levou André Moda a reunir-se com a Delegação Provincial do Interior, com quem abordou e ultrapassou tal problema, com vista ao desenvolvimento do sector florestal.
"Muitas vezes, os madeireiros circulam com o seu produto dentro da legalidade, mas tem havido excesso de paragens que impedem a transportação do mesmo", disse.
Sobre a solicitação da construção de um entreposto de madeira no Moxico para facilitar a venda dos produtos, disse que o Ministério de tutela está a promover um concurso para construção da infra-estrutura em causa em três províncias.
Nessa altura, disse que estão a ser construídos três dos seis entrepostos, nomeadamente, de Caxito, Luanda e Cuando Cubango, faltando as obras dos entrepostos do Moxico, Benguela e Cabinda, previstas para o primeiro trimestre do próximo ano.
Na ocasião, o secretário de Estado reconheceu atrasos no licenciamento da actividade, causados por questões administrativas, afirmando que, por causa disso, o Ministério da Agricultura e Pescas decidiu prolongar o ano florestal, que terminaria em Outubro, para até 31 de Janeiro de 2022.
Disse que continua suspensa a exploração da madeira da espécie mussive, em vigor desde 2018, advertindo que os prevaricadores serão levados à justiça.