Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, reiterou, esta segunda-feira, que os 36 minerais críticos identificados em Angola vão assegurar maior investimento estrangeiro no sector e contribuir significativamente no alargamento da base tributária.
Ao intervir no seminário sobre “Sustentabilidade ambiental nas actividades petrolíferas em cenário de transição energética”, o governante destacou, dentre os 36 minerais mais críticos do Mundo, o crómio, cobalto, cobre, grafite, minério de ferro, chumbo, lítio, manganês, neodímio, praseodímio, níquel e a prata.
No evento, co-promovido com a Universidade Católica de Angola, Diamantino Azevedo disse que na exploração destes recursos “o Executivo exige que uma parte significativa da sua cadeia de valor seja desenvolvida em Angola, para permitir o crescimento da economia e a criação de empregos”.
Sublinhou que os minerais são indispensáveis para as baterias de carros eléctricos, telemóveis, construção de turbinas eólicas, aviões, naves espaciais e painéis solares, daí a dedicação do Executivo na atracção de investidores para estes recursos, tendo em conta o desafio da não dependência do sector petrolífero.
O responsável realçou que o petróleo e o gás natural continuam a ser os principais pilares da economia nacional, contribuindo com 24 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e em mais de 96 por cento das exportações, uma realidade que se pretende inverter.
Neste contexto, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás desafiou as universidades a implementarem cursos nas áreas de energias renováveis, com o fito de existirem jovens com apetência de alavancar a economia do país.
De acordo com o titular do sector, as universidades podem igualmente apostar em parcerias com empresas nacionais e internacionais para o desenvolvimento de projectos científicos e de inovação tecnológica.
"Fica aqui o repto e todo o apoio institucional para o desenvolvimento e promoção de tais iniciativas que poderiam começar com a realização de conferências nacionais, com o envolvimento das universidades, a fim de se discutir e enquadrar as matérias de energias renováveis e da transição energética nos seus programas académicos", expressou.
Por outro lado, fez saber que o Executivo, através do Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, está a implementar medidas e acções que conduzem à mitigação das alterações climáticas e à redução da pegada de carbono, dando cumprimento dos requisitos do Acordo de Paris, do qual Angola é signatária.
Diamantino Azevedo disse que a estratégia passa pelo reforço da protecção ambiental e de uma governação que assegura a sustentabilidade ambiental e social da exploração petrolífera em Angola por muitos anos.
Promovido pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, em parceria com a Universidade Católica de Angola, o seminário debruçou-se sobre “A Responsabilidade ambiental da Sonangol, “A Diversificação da matriz energética em Angola, “O Impacto dos biocombustíveis”, “A Transição energética e descarbonização”, entre outros assuntos. SL/MDS/BA