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Mindcom traça medidas para indústria emergente

     Economia              
  • Luanda • Terça, 24 Novembro de 2020 | 19h31
O secretário de Estado do Comércio, Amadeu Nunes, prestigiou o acto
O secretário de Estado do Comércio, Amadeu Nunes, prestigiou o acto
Antonio Escrivão

Luanda - O Ministério da Indústria e Comércio (Mindcom) está a adoptar medidas para criar uma indústria emergente de empreendedores, para tornar o país mais auto-suficiente em bens alimentares e em indústria de bebidas.

Segundo o secretário de Estado do Comércio, Amadeu Leitão Nunes, é extensiva a produção de embalagens, material plástico, bem como a distribuição, logística e marketing.

Falando na conferência sobre “Pensar Indústria 2020”, realizada em alusão ao Dia da Indústria Nacional, assinalado a 23 deste mês, referiu que, com o processo da diversificação da economia, o sector pretende que determinados produtos essenciais sejam produzidos localmente, em quantidades elevadas, a exemplo dos materiais de construção, com destaque para o varão de aço, tubos metálicos, tintas e similares, cabos eléctricos e mosaicos.

O sector tem ainda sob sua responsabilidade, dentro do Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural, o fomento da produção agrícola nacional e desenvolver diferentes canais de escoamento para o consumo final, através dos mercados tradicionais e do circuito moderno de distribuição, como o de transformação pela indústria agro-alimentar.

“A pretensão do sector é fazer com que num esforço combinado com outras políticas e programas já definidos pelo governo angolano, possamos cada vez mais incentivar as exportações da indústria bem estabelecida e promoção da indústria e empresas nascentes”, apontou.

Neste prisma, prosseguiu, o país tem necessidades de investimento para os projectos da indústria não petrolífera ligada aos pólos industriais de Viana, Bom Jesus, no eixo Luanda-Bengo, da Catumbela (Benguela), de Fútila (Cabinda), Zonas Económicas Especiais (ZEE) e o parque de expansão de pequenas indústrias rurais.

No quadro da necessidade de expandir o mercado para a viabilização comercial dos produtos manufacturados em Angola, Amadeu Leitão Nunes lembra que país aderiu a Zona de  Comércio Livre Continental  (ZCLCA), um mercado livre com 1,4 mil milhões de consumidores e um PIB combinado de 2.6 triliões de dólares.

Para Amadeu Nunes, o programa de reforço do comércio internacional visa melhorar o enquadramento regulamentar sobre o assunto, criar um quadro estável para a integração comercial regional e apoiar as empresas angolanas a tirarem partido dos acordos comerciais preferenciais, complementando a sua actuação com o  Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e  Substituição de Importações (PRODESI).

Em 2017, o  Estudo do Banco Africano de Desenvolvimento sobre a Diversificação das Exportações de Angola revela que o país tem potencial do mercado de exportação para sectores económicos com pescados, café, serviços de turismo, sal, rochas ornamentais, vidro, mel, vegetais e hortaliças.

Frutas, cereais, derivados de petróleo, bebidas, cimento, detergentes, plásticos, madeira, algodão e têxteis, minerais preciosos, ferro e aço, telecomunicações e serviços são, entre outros, produtos exportáveis que figuram a lista.

Olhando para estes indicadores, o secretario de Estado exortou as associações Industriais no sentido de resgatarem d dinamismo que o país registou nos anos 80, 90 e princípio do ano 2000, no trabalho de promoção das indústrias e produtos nacionais derivados de micro, pequenas e médias indústrias.

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, afirmou que o país tem potencial para o alcance da produção dos anos passados, uma acção que passa por mais investimentos financeiros e incentivos.

Angola conta, actualmente, com dois mil 881 indústrias transformadoras, dos quais 219 representam as médias empresas, 39 grandes empresas e mais de duas mil são micro e pequenas empresas, na ordem dos 90%.





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