Mbanza Kongo – A actividade comercial no mercado fronteiriço do Luvo, situado a 60 quilómetros a Norte da cidade de Mbanza Kongo, província do Zaire, foi retomada no último fim-de-semana, com a presença tímida de comerciantes.
Interrompido há mais de dois anos devido à Covid-19, o comércio neste mercado a céu aberto foi retomado, na sequência da reabertura da fronteira comum entre os dois países vizinhos (Angola e RDC), ocorrida no dia 05 de Julho deste ano.
A ANGOP constatou, no local, a movimentação de feirantes, muitos dos quais a se desdobrarem na aquisição de lotes de terra para a construção de barracas, quando outros têm-nas já erguidas.
O administrador comunal do Luvo, Manuel Nilton, disse que estão disponíveis apenas 300 lotes, que considerou insuficientes para atender a demanda.
Explicou que a atribuição de lotes de terra obedece ao pagamento de algum valor monetário, sendo que, um espaço de três metros ao quadrado está a ser adquirido ao preço de oito mil kwanzas, ao passo que o de 4/6 está a 12 mil kwanzas.
“A tarifa varia de acordo com a extensão do espaço solicitado”, justificou.
A venda de espaço naquele perímetro fronteiriço, segundo o administrador, abrange também cidadãos do Congo Democrático por se tratar de um mercado feito de forma alternada em ambos os lados da fronteira.
Alguns vendedores, que falaram à ANGOP, defenderam a desmatação de mais espaço reservado para o mercado, visando absorver o maior número de pessoas que desejam erguer as suas barracas.
Pediram, igualmente, a criação de condições técnicas para a recolha e tratamento regular de resíduos sólidos, assim como o abstecimento de água.
As trocas comerciais são feitas às sextas-feiras e aos sábados de forma alternada em ambos os lados da fronteira comum entre Angola e a República Democrática do Congo (RDC).
Geralmente, são comercializados no mercado do Luvo, produtos manufacturados, electrodomésticos e bens da cesta básica.