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Mercado de Capitais assegura financiamento para pequenas empresas

     Economia              
  • Luanda • Terça, 27 Agosto de 2024 | 18h55
Comissão do Mercado de Capitais
Comissão do Mercado de Capitais
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Luanda – O mercado de capitais comporta modelos inovadores para financiar projectos de longo prazo que se adequem, particularmente para as Micro e Pequenas Empresas (MPE), assumindo o maior risco face à banca comercial, segundo o secretário de Estado para a Indústria, Carlos Rodrigues.

Perante esse cenário, o secretário de Estado afirmou que o financiamento de projectos dessas empresas terá, necessariamente de ocorrer no Mercado de Capitais, por ser o mercado mais flexível para financiar as micro e pequenas empresas.

Para Carlos Rodrigues, o mercado de capitais pode abrir formas de canalizar recursos para as actividades das MPE, através da admissão da cotação do segmento da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA) e da Emissão do Papel Comercial dos Fundos de Capital de Risco e Titularização.

Porém, a fonte alertou aos empreendedores e gestores de MPE a estarem conscientes que o mercado de capitais é exigente na implementação de boas práticas de governança societária, com uma organização interna robusta e transparência na condução do negócio.

“Os empresários e gestores terão de abandonar a gestão típica das empresas de cariz familiar, pois têm de prestar contas aos parceiros financeiros do seu negócio”, acrescentou.

Por sua vez, a directora do gabinete de desenvolvimento da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), Jucelina Paquete, anunciou que o programa emergente de preparação e orientação de MPE, a serem financiadas por esta via, já identificou 10 empresas, num universo de 134 candidaturas.

Referiu que constam do universo de empresas ligadas ao sector dos transportes, comércio, indústria transformadora, telecomunicações e prestação de serviço, sendo cerca de nove empresas sediadas em Luanda e uma na província do Namibe.

Na ocasião, o representante da BODIVA, Nivaldo Matias, apelou às pequenas empresas a optarem por uma gestão mais formal, como apresentação dos resultados, a componente da governança e as responsabilidades dos órgãos sociais.

Já Rosa Carvalho, uma das formandas e empreendedoras, considerou o seminário como uma iniciativa de elevada importância, por ajudar a clarificar os mecanismos para se ter acesso aos diversos produtos financeiros.

O seminário sobre Literacia Financeira e o Mercado de Capitais, organizado pelo INAPEM, contou com a participação de 50 empreendedores e gestores de MPE. OPF/QCB





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