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Cunene fornece cana-de-açúcar a Namíbia

     Economia              
  • Cunene • Terça, 19 Setembro de 2023 | 18h40
Exportação de cana-de-açúcar à republica da Namíbia
Exportação de cana-de-açúcar à republica da Namíbia
José Cachiva-ANGOP

Ondjiva - O mercado informal de Oshomukuio, na cidade de Ondjiva, província do Cunene, tornou-se, desde o mês de Junho deste ano, o melhor fornecedor da cana-de- açúcar aos comerciantes da República da Namíbia.

Os namibianos adquirem, diariamente, quantidades de cana-de-açúcar, em Ondjiva, através do posto fronteiriço de Santa Clara, ao preço de três canas a 500 kwanzas para revenderem no seu território.

Diariamente, pelo menos 50 cidadãos do país vizinho acorrem ao mercado para a compra de grandes quantidades de cana-de-açúcar,  vendidas ao preço de 500 kwanzas quatro canas grossas e as médias, entre 100 a 150 cada.

A informação foi prestada esta terça-feira à ANGOP pelos vendedores que transportam com camiões, todas as semanas, cana-de-açúcar, vindas sobretudo das províncias do Huambo e da Huíla.

A vendedora Maria Lena disse que, por mês, consegue levar dois camiões de cana a partir do Huambo para o Cunene, pelo facto do mercado do Sul de Angola ser, actualmente, mais rentável.

Manuel Woya, que tira o negócio do município de Caluquembe, considerou satisfatória a venda em Ondjiva, uma vez que não demora por terem bons compradores do lado da Namíbia.

Margarida de Fátima, que tira o negócio do município da Chibia, disse que com a venda da cana os rendimentos são animadores e permitem tirar uma parte para sustentar a família.

Já o namibiano Hitotelwa Dikonia disse que a cana-de-açúcar é um bom negócio, daí que vem comprar em Angola para revender  no seu país, gerando lucros para sustentar a família.

Referiu mbrou que, por semana, vem comprar quantidades no valor de 80 mil kwanzas, quatro canas a 500 kwanzas e na Namíbia, sobretudo na cidade de Windhoek, revende a 30 dólares namibiano cada.

Hitotelwa Dikonia explicou que a maior dificuldade tem sido nas alfândegas no lado do seu país, onde são cobrados 500 dólares namibianos, mas na parte de Angola apenas 200 kwanzas.

Por seu turno, o director do Gabinete provincial do Desenvolvimento Económico Integrado do Cunene, Felisberto Hisimongula, disse que vão interagir com a Administração Geral Tributária (AGT), para terem o melhor controlo do comércio da cana-de-açúcar, que vai para Namíbia.

O posto fronteiriço de Santa Clara, que liga Angola a Namíbia, por via da província do Cunene, é considerado um dos pontos do país que regista maior volume de trocas comerciais.

A partir do posto fronteiriço de Santa Clara entram maioritariamente bens alimentares, vestuário, ração animal, material de telecomunicações, bem como mercadorias para o sector mineiro.

A província do Cunene partilha 460 quilómetros com a República da Namíbia, sendo 340 terrestres e 120 fluviais. PEM/LHE/PPA





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