Luanda - O ministro da Economia e Planeamento (MEP), Mário Caetano João, considera necessário dinamizar a banca comercial para apoiar os projectos do agronegócio, para aumentar a produção nacional, reduzir a fome e a pobreza.
O ministro considera que o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) constituiu ferramenta crucial para impulsionar a produção de alimentos e de proteína animal.
Em entrevista à Televisão Pública de Angola, sublinhou que o PRODESI actua sobre a actividade agrícola, comercial e industrial, visando o aumento da produção, acesso aos mercados internos e externos, a capacitação (já com 20 mil operadores), assim como a facilitação da concessão de crédito aos promotores.
Segundo o dirigente, o PRODESI controla no seu portal de produção nacional 105 mil operadores e já desembolsou mais de 1.4 mil milhões de kwanzas, criando mais de 75 mil postos de trabalho.
Mário Caetano João destacou o facto de que o PRODESI é um programa de sucesso, na medida em que desde 2020 foram aprovados 4 mil 795 aprovados, dos quais 3 mil 500 já foram desembolsados.
Por outro lado, o governante reafirmou que a disponibilização, por parte do Executivo angolano, de 153 mil milhões de kwanzas para o apoio financeiro a produção de alimentos e proteína vai estimular à economia e dinamizar o cultivo dos cereais, através do Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRÃO).
O PLANAGRÃO é um projecto que tem como objectivo o aumento da produção de arroz, milho, trigo, soja e outros cereais, e que esta avaliado em 2.8 mil milhões de kwanzas.
Para o efeito, esclarece o ministro, a garantia pública emitida pelo Governo (153 mil milhões) vai servir para financiar a campanha agrícola 2024.
A intenção, na visão de Mário Caetano João, é explorar as vantagens comparativas na produção vegetal e animal de bens de amplo consumo, por este facto, um dos bancos comerciais vai executar uma garantia de 30 mil milhões para os produtos do PLANAGRÃO.
O ministro fez saber ainda que o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) capitalizado surge com cerca de 20 mil milhões de kwanzas, exclusivamente, para atender o PLANAPESCA e PLANAPECUÁRIA.
Para esta prossecução, o Fundo Angolano de Capital de Risco ( (Facra) tem 5 mil milhões para dinamizar a cadeia de valor, armazém, mini unidades fabris, transformação caseira.
Conforme o ministro, do montante, foram recapitalizadas as instituições não financeiras como o Fundo de Garantia de Crédito (FGC), de Kz 50 mil milhões, para catalizar a banca comercial, e 5 mil milhões para o Fundo de Apoio de Desenvolvimento Agrário ( FADA) para apoiar a criação as cooperativas na aquisição de crédito.
Em relação ao Programa de Reconversão da Economia Informal ( PREI), o ministro considerou que está a ser melhorado e adaptado cada vez melhor.
Já sobre o microcrédito, o dirigente avançou que existem pacotes em kwanzas, disponíveis para os operadores que vão de 50 a 500 mil, de 500 a 2 milhões e dos dois até aos 7 milhões de kwanzas. OPF/AC