Matala busca investidor para indústria de concentrado de tomate

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  • Huíla • Sexta, 05 Julho de 2024 | 11h03
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Fabrica de Processamento de Tomate na Comuna de Capelongo Municipio da Matala
Fabrica de Processamento de Tomate na Comuna de Capelongo Municipio da Matala
Antonio Escrivão
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Pormenor da comuna de Capelongo, Matala
Pormenor da comuna de Capelongo, Matala
Morais Silva - ANGOP

Matala – As autoridades da Matala, na província da Huíla, lançam um apelo aos investidores para assumirem a fábrica de concentrado de tomate da comuna de Capelongo, um dos activos do perímetro irrigado local, que foi reabilitado com fundos públicos em 2010, mas que nunca chegou a funcionar.

Paralisada nos anos 1980, a reabilitação da unidade fabril custou aos cofres públicos mais de 801 milhões de kwanzas (a volta de 10 milhões de dólares norte-americanos).

A inauguração estava prevista para 2010, mas não aconteceu porque o empreiteiro luso-espanhol não completou a montagem da linha de embalagens e outros equipamentos para arrancar e abandonou o país.

Em declarações hoje, sexta-feira, à ANGOP, o administrador comunal de Capelongo, Fernando António da Silva, lembrou que a fábrica foi montada tendo em conta o potencial agrícola da região, que é sustentado pelo Perímetro Irrigado da Matala, o maior do país com mais de 11 mil hectares.

Considerou que nesta altura a produção de tomate na zona “é tímida”, por causa da necessidade de escoamento, quando esta devia ser canalizada à fábrica.

“Se pudermos encontrar neste universo investidores nacionais ou internacionais para alavancar a produção de processamento de tomate, os agricultores estarão preparados para investir na produção de tomate”, sinalizou.

O administrador afirmou que a estrutura está a ser vandalizada, tendo sido já saqueado o sistema eléctrico e de compressão de ar, por isso a administração convida os investidores a explorarem a unidade fabril.  

O empreendimento tem uma capacidade de processar anualmente cerca de 12,5 mil toneladas de tomate fresco e pretendia gerar, já na altura do financiamento, cerca de 40 novos postos de trabalho.

Dado o estado de degradação dos equipamentos montados, mas que nunca funcionaram, a fábrica precisa de um novo investimento de, pelo menos, três milhões de dólares.

Sob gestão da Sociedade de Desenvolvimento do Município da Matala (SODMAT), empresa gestora do Perímetro Irrigado local e de toda infra-estrutura de apoio à produção na circunscrição, o primeiro investimento na fábrica foi feito em 2008 pelo Governo, resultado de um financiamento de 10 milhões de dólares do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).

Construída nos anos 60, a fábrica de tomate, com capacidade de processamento de seis toneladas de tomate por hora, está inoperante desde 1980. O perímetro irrigado da Matala tem um canal com 43 quilómetros de extensão e 11 mil hectares irrigados, construído nos anos 50 e reabilitado e reinaugurado em Agosto de 2002. MS  

 

 





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