Malanje - Jovens empresários e empreendedores, na província de Malanje, solicitaram esta sexta-feira ao Executivo angolano incentivos fiscais, como a redução da taxa de impostos, face às dificuldades existentes no sector económico, motivadas pela pandemia da Covid-19.
A par disso, os empresários e empreendedores apelaram a adopção de mecanismos que facilitem a obtenção de créditos bancários, para permitir a recuperação de activos, readmissão de funcionários, criação de novos postos de empregos e outras acções que concorrem para a melhoria do ambiente de negócios e desenvolvimento económico do país.
Essa preocupação foi manifestada durante um encontro de auscultação promovido pelo secretariado provincial da JMPLA, que visou inteirar-se das dificuldades dos jovens empreendedores impostas pela Covid-19, que assola o país e o mundo.
O empresário Nelo Pedro lamenta as dificuldades que muitos jovens enfrentam para obter créditos bancários, com vista ao aumento dos seus negócios, embora reconheça haver projectos do Executivo, ligados ao sector empresarial, à favor da juventude como o Conjovem, entre outros.
Por sua vez, a empreendedora Graciana António defende a necessidade da JMPLA trabalhar, com o fim de fazer advocacia às entidades competentes, para se facilitar os empréstimos bancários e redução dos impostos fiscais, uma vez que os empresários viram reduzido o poder de aquisição e a rentabilização dos negócios devido à pandemia.
Já Lopes Fina, gestora comercial, disse que se regista alguma burocracia no mercado credor, factor que tem condicionado o crescimento do empreendedorismo juvenil e, consequentemente, reduzido a capacidade de empregabilidade.
Em resposta às preocupações, o primeiro secretário provincial da JMPLA em Malanje, Dilangue Baião, disse que o Mpla está ciente das suas responsabilidades voltadas as políticas em prol do empreendedorismo juvenil, pelo que vem trabalhando no sentido de encontrar soluções para os problemas da classe empresarial.
" As inquietações ora apresentadas serão levadas à consideração superior, com vista a se interceder junto das instituições do Estado e da banca, para a cedência de empréstimos bancários e outras ajudas possíveis", asseverou.
Por outro lado, Dilangue Baião defende a necessidade da classe empresarial juvenil ser mais forte, criativa e inovadora de modo a alcançar os seus objectivos e contribuir no combate ao desemprego.
Durante o encontro foram abordados assuntos relacionados com a burocracia no acesso aos créditos bancários e cedências de terrenos por parte das administrações municipais à jovens, entre outros aspectos.
