Malanje – O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, destacou, esta sexta-feira, em Malanje, a importância do I Congresso Internacional da Mandioca, por representar um passo importante na concretização dos desafios do Executivo.
Ao discursar na abertura do evento, referiu que a actual estrutura económica de Angola ainda está muito dependente do sector petrolífero, pelo que vai ser dada atenção a cadeia de valor da mandioca, propiciando um impacto acelerado na produção nacional.
O certame, sublinhou, constitui também uma oportunidade de negócio para a classe empresarial que, de modo autónomo ou em cooperação com outros empresários do mundo, deverá tirar vantagens e contribuir para o aumento da riqueza nacional, do emprego e do rendimento da população.
“Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, para a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida do povo", frisou, adiantando que com a mandioca existem muitas possibilidades para diversificar a economia.
A visão do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para impulsionar a mandioca, como alimento do século XXI foi um dos temas destacados do evento, que conta com a participação de empresários, representantes de cooperativas agrícolas, membros do Governo e especialistas de vários países do mundo.
O congresso, com duração de dois dias, decorre sob o lema “alavancar a diversificação da economia, com base na cadeia de valor da mandioca”.
A promoção e aceleração do desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo, a estratégia da União Africana na dinamização do desenvolvimento da agricultura e os avanços científicos no desenvolvimento das ciências agrárias em Angola, experiências e impacto com valor acrescentado do amido constam igualmente dos temas em debate no evento.
Promovido pelo Ministério da Indústria e Comércio e Governo de Malanje, o congresso visa buscar vias para industrialização e mundialização da mandioca nacional.
Angola produz actualmente cerca de onze milhões de toneladas de mandioca anualmente, sendo as províncias do Uíge e Malanje as maiores produtoras do país.