Lançada obra para conexão eléctrica entre o norte o sul do país

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  • Huíla • Sexta, 07 Junho de 2024 | 15h48
Subestação de energia eléctrica do Bailundo
Subestação de energia eléctrica do Bailundo
Pedro Parente

Lubango – O Governo angolano lançou hoje, sexta-feira, no Lubango, província da Huíla, a pedra que simboliza o início das obras de extensão da linha de alta tensão de 400 Kilowatts, para conectar o sistema eléctrico norte e sul.

No norte, onde está a maior parte das barragens que Angola possui, há um superávit na produção de energia, ao passo que o sul vive um défice, daí o investimento do Governo em estender o produto através da ligação Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Huambo e Huíla, de onde sairá para o Namibe e o Cunene.

Com essa empreitada, lançada na localidade do Luyovo, pelo ministro da energia e Águas, João Baptista Borges, mais de um milhão de pessoas da Huíla e do Namibe vão beneficiar, nos próximos três anos, de energia eléctrica em quantidade e qualidade.

Trata-se de uma subestação cujas obras contam com um financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), avaliado em 220 milhões de dólares e que vai permitir instalar uma linha de 343 quilómetros entre Huambo e o Lubango. As obras vão durar 26 meses.

Discursando no acto, o ministro João Borges afirmou que a conclusão dos trabalhos de desminagem e a entrega dos certificados de limpeza do troço constituem um marco para o sector, por estarem criadas as condições para se dar início às obras.

Destacou que o Executivo, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional (2023-2027), definiu como prioridade a interligação entre os sistemas eléctricos centro (Huambo) e Sul (Huíla), a fim de proporcionar cada vez mais a quntidade e qualidade de energia eléctrica às populações.

Segundo o ministro, o Governo já projectou a extensão para o município da Cahama (Cunene), depois de chegar ao Lubango e Namibe, com vista a interligar aos sistema da Namíbia.

Sublinhou que o “grande” objectivo é criar capacidade energética que possa atender os requisitos da indústria, da agricultura e do exercício da actividade comercial.

Afirmou ainda que nos últimos anos foram instalados centenas de quilómetros de linha de alta tensão de Cambambe a Luanda e de Laúca Cuanza-Sul, Huambo e Bié.

Por sua vez, o governador provincial da Huíla em exercício, Hélio de Almeida, sublinhou que a infra-estrutura social faz parte do plano estratégico de governação da região, por isso perspectiva-se que os restantes nove municípios se juntem aos cinco que fazem parte da rede pública.

"Este acto marca uma das etapas fundamentais no que a execução desta linha de alta tensão diz respeito".

Actualmente a Huíla e Namibe partilham um sistema interligado, que tem como fonte o Aproveitamento Hidroeléctrico da Mala, centrais térmicas do Lubango, assim como o campo de energia fotovoltaica do Caraculo e a central do Chitoto, ambos do Namibe.

Esses sistemas geral perto de 150 megawatts, quando a necessidade das duas províncias fixa-se em 375. JT/MS

 





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