Luanda – Pelo menos cinco mil operadores já receberam micro créditos, num montante global de cerca de oito mil milhões de kwanzas, no âmbito do Programa da Reconversão da Economia Informal, informou, hoje, o PCA do INAPEM, João Nkosi.
O responsável revelou esses números após visitas aos mercados do São Paulo e Catinton, quando trocava experiência de trabalho com representantes do Brasil, Cabo Verde, Moçambique e participantes ao I Fórum Internacional sobre essa temática.
De acordo com o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), o referido Programa de Reconversão da economia informal traz agora um novo paradigma nessa segunda fase (2023 a 2027).
João Nkosi adiantou que o novo modelo, recentemente aprovado pela Comissão Multissectorial da Reconversão leva o INAPEM a ter o programa mais operacional junto das administrações municipais, tendo em conta que a vida actualmente se faz nos municípios.
"O PREI traz um novo paradigma de microcrédito de três escalões, sendo o primeiro de 500 mil kwanzas que vai até a um número não superior a dois milhões de kwanzas; o segundo até dois milhões; e o terceiro até sete milhões de kwanzas", precisou.
Em entrevista à imprensa, o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas explicou que este novo paradigma visa dinamizar e expandir o processo de reconversão da economia informal.
“A nossa expectativa é que em cada mercado haja pelo menos uma loja permanente do PREI, na qual esperamos que a loja de formalização do mercado do São Paulo receba os cidadãos dessa municipalidade para terem a oportunidade de se formalizar”, prognosticou.
Avançou que o exercício será igual a outros mercados, pois dentro em breve vão surgir lojas permanentes em todo o território nacional, sendo que a estratégia é descentralizar os serviços em cada município e em cada mercado para facilitar a formalização dos operadores e vendedores aos serviços do PREI.
Já os operadores do mercado do Catinton vão beneficiar de um Centro de Serviço Integrado da Reconversão da Economia Informal, num modelo muito mais integrado, no âmbito da sustentabilidade do programa, que terá um conjunto de serviços para os munícipes e operadores que desenvolvem actividades na informalidade.
O mercado de São Paulo, no Sambizanga, controla dois mil e 100 vendedores, enquanto o do Catinton conta com mais cinco mil e 420 vendedores no mercado privado a céu aberto. Ambos estão localizados no município de Luanda. SL/MDS