Luena – Vinte e cinco empresas desistiram da actividade de exploração da madeira na província do Moxico, de 2017 até à data presente, revelou hoje, no Luena, o presidente da Associação Provincial dos Madeireiros, Frederico Salvador Paulino.
Em entrevista à ANGOP, apontou como causas a proibição da exploração da espécie mussivi (de nome cientifico guiborcia coleosperma), estradas precárias, a suposta dúbia fiscalização da polícia nacional e de agentes administrativos.
O responsável explicou que a maior parte dos exploradores mostravam apenas interesse na espécie Mussivi, pelo seu valor económico no mercado nacional e internacional.
Por outro lado, Frederico Salvador Paulino lamentou que outros exploradores ficaram inactivos durante dois anos (2019 e 2020), devido à interdição, por força do Decreto executivo n.º278/18 de 7 de Agosto, obrigando alguns exploradores de madeira a arriscaram e reorganizar a sua actividade.
Em 2023, a província do Moxico tinha autorização para exploração de 22 mil metros cúbicos de madeira, cifra que representava um aumento de três mil metros cúbicos, em comparação à quota disponibilizada no ano de 2022.
Angola tem uma superfície de floresta natural estimada em 53 milhões de hectares, o que corresponde a cerca de metade (43 por cento) do território nacional. O país tem uma capacidade anual de corte estimada em 326 mil metros cúbicos de madeira, milhares de toneladas de carvão e lenha.
Dos 53 milhões de hectares, a província do Moxico possui 380 mil, sendo a segunda maior no país, depois de Cabinda. MT/LTY/YD