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Madeireiros sem licença de exploração há três anos

     Economia              
  • Cunene • Quinta, 19 Janeiro de 2023 | 18h22
Exploração de madeira (ilustração)
Exploração de madeira (ilustração)
Cedida

Ondjiva - A atribuição de licenças de exploração às empresas madeireiras, na província do Cunene, estão suspensas desde 2020, devido aos problemas de alterações climáticas que afectam a região.

A informação foi prestada esta quinta-feira à ANGOP, pelo chefe do Instituto de Desenvolvimento Florestal no Cunene, Dumbo Mupei, tendo referido que o sector controla  22 empresas que não exercem actividades, fruto da proibição da emissão de alvarás por parte do órgão central.

“ O não licenciamento de quaisquer empresas é uma orientação específica para a província do Cunene, que devido à situações de secas cíclicas e inundações que a região enfrenta nos últimos anos”, explicou. 

De acordo com o responsável, toda actividade relacionada à exploração de recursos florestais deve ser de forma regrada, dado ao impacto que tem sobre as alterações climáticas.

Entretanto, indicou que, apesar da suspensão, pessoas não identificadas têm feito alguns cortes e procedem a serragem de forma clandestina, mas sem envolvimento de equipamento industrial.

Fez saber ainda que o garimpo de madeira regista-se na região fronteiriça com a província do Cuando Cubango, onde pessoas não identificadas realizam corte desregrado dos recursos florestais.

Para o interior dos municípios, acrescentou, há algumas explorações destinadas ao fabrico de carvão, cortês de pau e lenha de forma recorrente.

Entretanto, desencorajou a referida prática, tendo apelado aos empresários interessados no sector a seguirem as normas implementadas.

A Lei de Bases de Florestas e Fauna Selvagem, que regula o exercício da actividade florestal em Angola, determina a campanha florestal anual, que incide sobre o corte de árvores de forma racional, através da atribuição da licença de exploração.

Dados do primeiro Inventário Florestal Nacional de 2017, indica que Angola dispõe de um potencial florestal de 69 milhões, 382 mil e 680 de hectares de floresta nativa.

Deste indicadores quatro milhões, 467 mil e 100 estão no Cunene, representando 3,58 por cento do território nacional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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