Luanda - O sector provincial da agricultura de Luanda prevê, para este ano, o cultivo de hortas comunitárias a nível da circunscrição, para maior participação da população na produção alimentar, informou à ANGOP, esta sexta-feira, o responsável local, João Pedro.
Segundo o director provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, decorrem, actualmente, trabalhos de identificação de espaços, em conjunto com as administrações municipais, e, uma vez solucionada essa questão, o programa será desenvolvido com base no voluntarismo dos habitantes.
João Pedro, que falava sobre a necessidade do reforço da segurança alimentar, disse tratar-se de um espaço colectivo no qual se poderá produzir alimentos e ajudar a integração dos munícipes em projectos que levam à aprendizagem do cultivo agrícola, bem como à preservação do ambiente.
No seu entender, esse tipo de horta contribuirá para o desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis, por meio do plantio de alimentos, além da consciencialização sobre o bem comum, uma vez que os munícipes poderão participar no cultivo, definir regras para a partilha dos produtos e controlo do espaço.
Informou que o sector recebeu manifestações de interesse, para a implementação do projecto, de algumas instituições, com destaque para a centralidade do Kilamba, onde espaços baldios podem ser aproveitados.
Serão cultivados nesse tipo de horta tomate, pimentos, alface, entre outras hortaliças, devendo as comunidades contar com a assistência técnica da Direcção Provincial da Agricultura.
De referir que existe já o projecto de hortas escolares, do qual beneficiaram, até ao momento, mais de 100 instituições do primeiro e segundo ciclo do ensino, a nível da província.
Além de hortaliça, tomate e pimenos, o projecto dedica-se, também, à produção de fruta, num programa que visa incutir nos alunos o gosto pela natureza, melhorar a sua dieta alimentar e consciencializ-los sobre a importância da agricultura.
O projecto escolar é uma parceria dos fundos de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) e das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), assim como de engenheiros agrónomos voluntários.
O director provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas disse que, para o arranque do ano em curso foram identificadas 15 instituições, entre escolas e lares, com as quais se vai trabalhar em novos conceitos baseados no ensino aos cuidados do meio ambiente, a transformação dos produtos alimentares e a reciclagem de resíduos.
O director manifestou o desejo de ver o projecto abranger o maior número possível de escolas, entre as mais de 500 primárias existentes em Luanda, um desafio para o qual solicitou o apoio de toda a sociedade. ASS/VC
