Luanda acolhe 1º Fórum sobre Economia Solidária

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  • Luanda • Terça, 02 Maio de 2023 | 18h33
Coordenadora do 1º Fórum sobre Economia Solidária, Vânia Frederico
Coordenadora do 1º Fórum sobre Economia Solidária, Vânia Frederico
Domingos Cardoso - ANGOP

Luanda - O 1º Fórum sobre Economia Solidária, que visa reflectir acerca do modelo alternativo de criação de renda, vai ser realizado em Luanda, nos dias 19 e 20 de Maio, anunciou hoje a coordenadora do evento, Vânia Frederico.

O encontro, cuja realização está orçada em 11 milhões de kwanzas, é uma iniciativa da Consulting, Média Claque e da Kixicrédito, e vai reunir especialistas nacionais e internacionais, potenciais agentes da economia solidária, associações, cooperativas, empreendedores e empresários, servidores públicos e investigadores.

"A visão destes três emblemas é que este seja o ponto de partida para uma atenção cada vez maior ao conceito Economia Solidária, que mundialmente se afirma como um modelo com resultados positivos para a economia real de diferentes geografias", esclareceu a também directora da Ato Internacional.

O fórum, que será replicado também em outras províncias, vai decorrer sob o lema "Economia Solidária como Alternativa de Geração de Renda e Desenvolvimento Sustentável.

Nesta primeira experiência, segundo a fonte, o objectivo é estabelecer bases, critérios, princípios e mecanismos de economia solidária, e o incentivo à economia solidária, através da troca de bens e serviços.

Tendo em conta os desequilíbrios existentes na sociedade, Vânia Frederico Acredita que o certame vai ajudar a fomentar a organização de empreendimentos solidários, capazes de promover a melhoria das condições de vida das pessoas e consequente desenvolvimento local, de formas a combater a desertificação e as desigualdades sociais, 

Por sua vez, o director de marketing da Kixicredito, Helder Catumbela, precisou que o evento vai facilitar a troca de experiências ou contactos entre empresários e empreendedores locais, bem como o incentivo à empregabilidade, parcerias estratégicas, consórcios, co-working e cooperativismo, impulsionamento da investigação e projectos de incubação da economia solidária.

Fez saber ainda que o programa reserva, também, momentos de testemunho de agentes da economia informal, participantes de negócios ou programas ligados à kixikila (praticas de guardar  ou fazer render o dinheiro por via de revenda de negócios)   que, em muitos casos, podem lucrar segundo um estudo, até vinte milhões de kwanzas no caso dos mercados informais.

Na ocasião, disse ser preponderante a inclusão de todos os actores sociais para a materialização dos objectivos preconizados, daí que serão oferecidas 20 bolsas para interessados em participar do evento, mas que por conta das dificuldades financeiras não disponham de valores para pagar os ingressos.

Os preços dos ingressos variam dos cinco mil e quinhentos a 21 mil kwanzas, dando abertura para a participação de toda franja da sociedade interessada em participar daquele que será o primeiro fórum de economia solidária a ser realizado no país.

Actores sociais, instituições e apoio político são cruciais na tentativa de encontrar respostas para estes desequilíbrios, disse Helder Catumbela, acrescentando ser urgente a necessidade fomentar a organização de empreendimentos solidários capazes de promover a melhoria das condições de vida das pessoas e consequente desenvolvimento local.

“ Só assim, se conseguirá combater a desertificação e desigualdades sociais, distribuindo por igual a terra, emprego e condições de vida”, concluiu. JAM/PPA

 

 



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