Benguela – O ministro da Agricultura e Pescas, António Francisco de Assis, considerou hoje, terça-feira, em Benguela, que a entrada em funcionamento da lota da Baía Farta vai permitir reduzir a poluição ambiental, sobretudo das praias da região.
O governante, que falava na cerimónia de inauguração da referida lota, disse que a infra-estrutura surge para desencorajar a venda de pescado, em condições que coloquem em causa a saúde humana e atentem contra o meio ambiente.
António de Assis defendeu a necessidade das autoridades tradicionais trabalharem com as populações, transmitindo a importância de uma lota, que não visa impedir os cidadãos de comercializarem o pescado, mas fazê-lo num local com higiene e boas condições de conservação do produto.
Na mesma senda, referiu que, tanto comerciantes como consumidores, têm agora condições de adquirirem o pescado, de forma segura e com a qualidade que se deseja.
O ministro exortou os pescadores a fazerem uso correcto dos instrumentos disponibilizados pelo governo e que a população exerça o comércio de pescado de forma organizada.
“Angola tem trilhado, nos últimos tempos, caminhos de uma nova realidade e todos os que irão trabalhar na lota devem contribuir para a manutenção da infra-estrutura e engrandecimento do país”, apelou.
Aproveitou a ocasião para entregar a ex-militares embarcações de pequeno porte e vários materiais de apoio à pesca artesanal.
Sete anos depois do início das obras, a lota inaugurada da Baía Farta, na província de Benguela, vocacionada para venda de pescado e materiais de pesca, é uma infra-estrutura que ocupa uma área de dois hectares e meio, com uma fábrica de gelo, três câmaras frigoríficas, sendo uma de congelação e duas de conservação, com capacidade de 15 toneladas e de oito toneladas cada uma, respectivamente.
O empreendimento tem ainda três naves, com 288 bancadas na zona zona exterior, uma área com 36 bancadas, no interior, área administrativa, ponte cais, posto de abastecimento de combustível, lojas, depósito de lixo, posto médico e parque de estacionamento.
A lota terá um impacto significativo na gestão do sector, porque vai permitir um embarque e desembarque das embarcações mais organizado, com melhor controlo higiénico, fiscalização e recolha de informação estatística, em termos de pesca artesanal na localidade.
A infra-estrutura vai permitir ainda a criação de múltiplos negócios, para mulheres processadoras de pescado, para a juventude empreendedora, mais abertos e melhorados para os pescadores artesanais, beneficiando de vários serviços como água, condições de conservação do pescado, lojas para materiais de pesca, combustível e melhores condições de higiene.
Será uma plataforma importante para o desenvolvimento de negócios no sector das pescas e vai alavancar a economia na região da Baía Farta.
Essa é a primeira lota construída na região, onde apenas já existem alguns centros de apoio à pesca artesanal.
