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Registo fiscal chega aos comerciantes do Oeste africano em Viana

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 06 Novembro de 2024 | 19h47
AGT realiza Congresso Nacional sobre Educação e Cidadania Fiscal
AGT realiza Congresso Nacional sobre Educação e Cidadania Fiscal
Joaquina Bento-ANGOP

Viana – Uma campanha de registo fiscal para comerciantes de países do Oeste africano, que exercem actividade em Angola, foi lançada esta quarta-feira, no município de Viana (Luanda), com vista ao alargamento da base tributária no país.

Trata-se de uma iniciativa da Administração Geral Tributária (AGT), em coordenação com a Associação  para o Desenvolvimento dos Jovens Angolanos e Estrangeiros  (ADJAE), uma organização que coopera com o Estado angolano na busca de soluções dos problemas que afectam a sociedade.

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da AGT, José Leiria, recordou ser um processo que iniciou em Janeiro deste ano, com uma operação  direccionada aos comerciantes de armazéns, cantinas e lojas que operam na informalidade, tendo feito o cadastro de 34 mil estabelecimentos, com realce para estrangeiros do Oeste africano.

De acordo com o gestor, o lançamento desse registo enquadra-se no trabalho de proximidade aos comerciantes, que devem se legalizar, caso queiram continuar a fazer a sua actividade económica.

A par dessa acção, referiu, seguiu o processo de sensibilização, cadastro, esclarecimento das obrigações fiscais e selagem dos estabelecimentos, com um número de referência para a localização dos estabelecimentos, bem como a notificação dos incumpridores no pagamento de impostos.

Apesar dessa iniciativa, o PCA realçou que ainda continua a verificar-se um elevado nível de incumprimento fiscal, facto que obrigou a AGT a passar para a fase  coerciva, desde Setembro último.

Segundo José Leiria, essa acção permitiu descobrir que grande parte dos comerciantes exerce a actividade e negócio próprio, mas os documentos  pertencem a terceiros, que muitas vezes desconhecidos pelos próprios negociantes.

Por isso, apelou aos comerciantes a se dirigirem à instituição fiscal  para ter  a sua identificação e, consequentemente, efectuar o pagamento dos impostos.

Adiantou que em Angola existe mais de 100 mil agentes económicos de países do Oeste africanos, dos quais apenas quatro mil são contribuintes.

Por seu turno, o coordenador do Grupo Técnico Empresarial (GTE), Carlos Cunha, considerou ser um acto de inclusão, que visa trazer mais perto os comerciantes ao mercado formal, exigindo mais responsabilidade.

Acrescentou também que a acção deve ser acompanhada com o trabalho da ANIESA, para permitir que os estabelecimentos melhorem a higiene e os funcionários sejam inscritos na segurança social.

“Actualmente, temos mais de 100 mil cantinas a nível do país que empregam pelo menos um milhão de trabalhadores, entre angolanos e Oeste africanos, facto que não se deve marginalizar, mais e sim dialogar”, afirmou.

Já o presidente da Associação  para o Desenvolvimento dos Jovens Angolanos e Estrangeiros  (ADJAE), Tounkara Saidou, disse considerou ser um acto de crucial importância, prevendo registar cerca de 300 mil agentes a nível nacional, dos quais 100 mil em Luanda.

Destacou que, a nível da capital, os seus estabelecimentos estão concentrados nos municípios de Luanda, Cazenga e Viana. HDC/QCB

 





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