Luanda - O laboratório Central Agroalimentar, afecto ao Ministério da Agricultura, localizado no município do Cazenga, em Luanda, detectou diversas substâncias impróprias para o consumo humano em alimentos, água mineral, refrigerantes e bebidas alcoólicas.
A informação foi avançada à imprensa, pelo responsável da área físico/químico da instituição, Costa Manuel, no final de uma visita que responsáveis da Autoridade Nacional de Inspecção das Actividades Económicas e Segurança Alimentar (ANIESA) efectuaram a instituição.
Costa Manuel adiantou que depois de serem detectadas as substâncias, os resultados são entregues às autoridades competentes como ANIESA e ao Serviço de Investigação Criminal (SIC).
De acordo com o responsável, sem adiantar o número de infracções registadas, disse que a direcção do Laboratório Agroalimentar de Luanda recolheu as amostras, em Janeiro do ano em curso, e foram testados água mineral, óleo alimentar e refrigerantes, produtos com indícios de fraude adversos a circular no mercado nacional.
Fez saber que no óleo alimentar tem se detectado um grau de degradação do produto com vários componentes que decorrem do processo de produção ou armazenamento inadequado nos estabelecimentos.
No caso da água mineral, prosseguiu, são detectados elementos como ferro, chumbo, zinco e resíduos com uma certa concentração, que passa a ser imprópria para o consumo humano.
Sublinhou que toda água deve ter uma concentração aceitável e recomendada pelo Ministério da Saúde.
O director municipal da ANIESA no Cazenga, Francisco Soares, disse existirem na circunscrição áreas de risco como o caso dos mercados públicos e privados, supermercados e lojas, e a instituição tem trabalhado num processo pedagógico e na recolha de amostras feitas pelos especialistas, que geralmente leva ao encerramento temporário dos estabelecimentos e empresas.
Já a directora do Laboratório Central da Agricultura de Luanda, Vladmira Pedro, afirmou que o trabalho vai continuar com a observação das amostras nacionais e internacionais para que hajam produtos com qualidade.
Referiu que " Estamos preocupados com a condição alimentar, porque existe muito mercado informal no país e a população atravessa varias dificuldades, havendo necessidade de traçar estratégias para se comercializar e consumir os produtos de qualidade ".