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Josefa Sako quer melhor aproveitamento da estratégia do CAADP

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 09 Janeiro de 2025 | 18h30
Vista parcial da Cidade de Kampala, capital do Uganda
Vista parcial da Cidade de Kampala, capital do Uganda
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Kampala (Dos enviados especiais) - A comissária da União Africana para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, Josefa Sacko, defendeu esta quinta-feira, em Kampala, Uganda, melhor aproveitamento da Estratégia e Plano de Acção (2026-2035) do Programa Abrangente para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP).

Falando a propósito da Cimeira Extraordinária da União Africana sobre o CAADP, iniciada hoje, na capital ugandesa, a diplomata angolana assinalou o proveito, pelos Estados-membros, para guiar o processo de transformação da agricultura no continente.

Afirmou esperar que a cúpula de Kampala mude a narrativa no sentido de alcançar a segurança alimentar, “levando os países a patamares de soberania alimentar”.

“Devido a crise geopolítica que estamos a viver, esperamos que a estratégia e plano de acção 2026-2035 seja uma estratégia que vamos fazer o alinhamento no âmbito dos nossos planos nacionais de investimentos”, disse.

Segundo Josefa Sacko, é necessário alinhar os indicadores, com vista a corrigir aspectos limitantes, sobretudo ligados aos investimentos e reformas no sector.

Referiu haver problemas como a fraca aposta e a pouca valorização nas cadeias de valores.

Quanto ao país, a comissária da UA lembrou que a economia angolana já foi baseada principalmente na agricultura e disse acreditar que a estratégia e plano de acção do CAADP permita ao país aproveitar os valores que tem e tirar vantagens.

Considerou fundamental reforçar o instinto de termos comunitários resilientes face aos problemas das alterações climáticas, realçando que Angola pode aproveitar a aliança global contra à fome e à pobreza por ser uma “ferramenta” capaz de reforçar a cooperação Sul-Sul.

Neste âmbito, acrescentou, “o país tem uma cooperação assídua com o Brasil, um dos cinco maiores produtores, pelo que poderia tirar maior proveito da mesma, sobretudo no domínio da investigação agrária aplicada e da transferência de tecnologia”.

Criado em 2003, o Programa Abrangente para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP) tem sido um quadro fundamental para a transformação da agricultura em África, por via da declaração de Maputo, onde os chefes de Estado e de Governo africanos comprometeram-se a atribuir, pelo menos, 10% da despesa pública ao sector para alcançar uma taxa de crescimento anual de 6% no Produto Interno Bruto (PIB) agrícola.

O programa é implementado através do desenvolvimento de planos nacionais agrícola, do estabelecimento de pactos regionais e da mobilização de recursos para o progresso do sector, entre outros processos.

Ao longo deste período, o programa permitiu a realização de uma série de acções, visando acelerar a sua implementação, com realce, entre outros, para workshop’s da NEPAD, tendo abordado a revisão das directrizes de implementação do CAADP, seminários e distintos encontros de trabalho, incluindo com parceiros de desenvolvimento.

O retiro dos secretários permanentes da agricultura e a 12ª plataforma de parceria do CAADP, ambas realizadas em 2016, no Ghana, são igualmente algumas das referências.

A Cimeira Extraordinária da União Africana (UA) sobre do Programa Abrangente para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP) iniciou esta quinta-feira, em Kampala, no Uganda, para a definição de uma estratégia de transformação agrícola do continente.

O evento decorre até ao próximo dia 11, no Centro de Conferência Speke Resort, numa promoção da Comissão da UA, com o Governo do Uganda, e tem como objectivos mobilizar mais investimentos para a agricultura e renovar o compromisso dos países africanos de alocar, pelo menos, 10% dos seus orçamentos nacionais ao sector.

O programa reserva reuniões conjuntas entre os titulares da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Água e Meio Ambiente e os ministros das Relações Exteriores, devendo culminar, sábado, com a conferência de chefes de Estado e de Governos, que vai adoptar a Declaração de Kampala sobre a criação de sistemas agro-alimentares resilientes e sustentáveis em África. HM/VC





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