Luanda – O Instituto Regulador de Derivados de Petróleo (IRDP) quer redinamizar a instalação de redes de gás canalizado em infraestruturas afins, no país, com base da legislação existente desde 2008.
Trata-se de um serviço em que o gás de cozinha (LPG) é canalizado e distribuído através da rede instalada no subsolo.
Esta rede liga-se ao edifício, condómino, hotel, restaurante ou outro empreendimento, com um ramal que permite abastecer a rede interior que leva o gás até aos aparelhos, um serviço ainda pouco usual em Angola.
De acordo com o director-geral adjunto do IRDP, António Feijó, prevê-se, para isso, incentivar a aplicação “rigorosa” dos diplomas legais para a promoção das redes e ramais de gás em empreendimentos, sobretudo, os ligados a construção de edifícios habitacionais, condomínios, hotéis, restaurantes, entre outros projectos, para se prevenir de eventuais riscos fatais.
Falando no workshop sobre “Gás Canalizado em Angola”, disse ser necessário que todos os intervenientes no sistema estejam a par da legislação existe, para se dar um maior dinamismo a este segmento em Angola.
De acordo com o responsável, em Angola, em particular em Luanda (capital), já existe um número de empresas que lidam com este trabalho de instalação de rede de gás canalizado.
Indicou que seis a cinco entidades estão licenciadas em Angola para efectuar este serviço de instalação de redes de gás canalizado e inspecção destes serviços.
O que a IRDP quer, segundo António Feijó, é trazer novos players no mercado angolano, não obstante a existência de algumas empresas que efectuam este trabalho, sem o devido licenciamento.
“Queremos alargar o mercado, para termos a oportunidade de dinamizar e colocar as empresas inspectoras, instaladoras e construtoras a trabalhar para instalar redes de gás, o que trará também a criação de novos postos de trabalho”, defendeu.
Em 2015, de acordo com o responsável, algumas empresas chegaram a instalar redes de gás canalizado, mas precisa-se que nos novos empreendimentos, sobretudo de média e grande dimensões, tenham redes de gás, o que vai obrigar que as entidades que se propõem a instalar as redes tenham licença para o efeito.
Este evento, que reuniu utentes de infraestruturas do ramo hoteleiro, restauração, condomínios, resorts e de empresas de construção civil, serviu para divulgar a legislação existente sobre a matéria, cuja aprovação e publicação primarias ocorreram em 2008, tendo sido actualizadas, em 2015.
Temas como “A importância do processo de inspecção”, “Normas e procedimentos da instalação de gás canalizado e “ O processo de armazenamento, distribuição” e “Consumo final de gás” fizeram parte do workshop sobre “Gás Canalizado em Angola”.