Viana – O Governo angolano dispõe de 5,5 biliões de kwanzas para execução de projectos de investimento público, visando incentivar a produção nacional e reduzir as importações de bens no país, com realce para os materiais de construção, anunciou esta segunda-feira, em Luanda, o ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano.
O governante, que falava durante o encontro com membros das associações da Indústria de Construção, realçou que o montante disponível se enquadra no Programa de Investimentos Públicos 2025 do Executivo, uma acção que serve de oportunidade de negócios para a classe empresarial.
O governante realçou que o montante financeiro representa um incentivo à produção nacional e redução significativa das importações de bens com capacidade interna de produção que ainda são elevados.
Recordou que, até Novembro de 2024, o país gastou 1,5 mil milhões de dólares na importação de materiais de construção, uma realidade que precisa ser invertida, com a exploração das potencialidades e capacidade instalada no país.
Apontou o sector da construção como a área de elevada potencialidade que deve se tirar maior proveito da sua capacidade industrial, que cresceu oito por cento até o terceiro trimestre de 2024, em relação ao ano anterior, representando 2,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Por isso, José de Lima Massano apelou às associações a terem um papel mais activo na indústria de materiais de construção nas suas mais variadas especialidade e aumentar a produtividade das suas empresas.
O ministro de Estado considerou o melhor aproveitamento da capacidade produtiva do mercado angolano como uma das soluções para impulsionar a economia do país, gerar renda e melhorar a condição de vida dos cidadãos.
Já o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, destacou o desenvolvimento da indústria de construção como factor que vai permitir a implementação do programa de auto-construção dirigida e reduzir o preço dos materiais.
A reunião entre a equipa económica do Governo e os membros das associações da Indústria de Construção, que contou com o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira, visou auscultar e orientar os industriais a produzir ao nível máximo da sua capacidade, para que o produto final tenha qualidade e seja mais acessível ao consumidor.
O encontro contou com os membros da Associação das Indústrias de Materiais de Construção de Angola (AIMICA), Associação das Indústrias Cimenteiras de Angola (AICA) e Associação Nacional das Indústrias dos Madeireiros de Angola (ANIMA).
Antes da reunião, José de Lima Massano visitou duas unidades fabris de material de construção no Pólo Industrial de Viana (PIV), designadamente a Ferpinta Angola, empresa industrial no sector metalomecânico, e a Extrulider, fábrica de alumínio. AA/HDC/QCB
