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Investimento no Pólo da Catumbela atinge mais de USD oito milhões

     Economia              
  • Benguela • Sexta, 31 Dezembro de 2021 | 19h43
Fábrica de embalagens
Fábrica de embalagens
Cortesia de João Vicente/AIBA

Benguela – O investimento em infra-estruturas básicas no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela (PDIC), na província de Benguela, atingiu oito milhões, 320 mil e 336 dólares norte-americanos, desde a sua criação, apurou a ANGOP.

Com 88 empresas em funcionamento, repartidas entre a Fase I, da Catumbela ao Lobito, e a Fase II, na comuna do Gama, este Pólo de Desenvolvimento Industrial existe desde 1998, com vista a permitir a instalação de unidades fabris, no âmbito da industrialização e diversificação económica.

Segundo o presidente do Conselho de Administração do PDIC, Miguel Correia, o montante investido possibilitou a instalação de redes de abastecimento de água e de drenagem de águas pluviais e residuais (esgotos), de electricidade, terraplanagem dos acessos, além da compra de equipamentos de carga e transporte.

Em entrevista à revista Sul rostos & negócios sobre o estado actual do PDIC, o responsável garante existir ainda terrenos para a contínua implantação de infra-estruturas básicas – água, energia, arruamentos, valas de drenagem, visando a atracção de investimentos nacionais e estrangeiros.

Entretanto, o gestor afirma que o pólo desenvolveu projectos infra-estruturados em termos de expansão das redes de água, sistema de drenagem, melhoramento dos acessos, caixa de de resíduos sólidos com manutenção e recolha preventiva, passagens hidráulicas e de nível.

Ressalta, ainda, estar em fase de execução projectos ligados à iluminação pública, asfaltagem das vias de acesso, aplicação de lancis e passeios, arborização e limpeza junto dos bairros no entorno do perímetro do pólo.

Estes projectos, que visam dotar o Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela de melhores infra-estruturas básicas, também se inserem nos objectivos estratégicos delineados, para facilitar a instalação dos operadores económicos, a geração de empregos e a melhoria dos serviços, como explicou.

PDIC tem 297 contratos activos

Ao todo, o pólo conta com 279 empresas com contratos de exploração activos. Deste número, 88 estão em funcionamento, 34 encerradas, seis em vias de abertura, 32 em fase de construção e 119 não instaladas, no ramo industrial, serviços, comércio, assistência técnica, estaleiros de construção civil e obras públicas.

Neste sentido, Miguel Correia destaca empresas no sector alimentar e de bebidas, higiene e limpeza, embalagem, materiais de construção e artefactos de betão, de fabrico de tubos e tanques, produção de móveis e transformação de madeira, fertilizantes, hidrocarbonetos, dentre outros.

“Naturalmente, a funcionar no seu pleno, com 100 por cento de ocupação dos lotes com aproveitamento útil em projectos industriais, terá cada vez mais um forte posicionamento no Corredor do Lobito”, vaticina.

Quanto ao impacto social do PDIC, Miguel Correia gaba-se de terem sido gerados mil postos de trabalho, por um lado, e, por outro, da parceria com a administração municipal da Catumbela na concretização de vários projectos em benefício da população.

O engenheiro de Minas, formado no Instituto Superior Técnico de Lisboa, encara o PDIC como parceiro estratégico do Corredor do Lobito, sobretudo o Porto do Lobito e o Caminho de Ferro de Benguela, agregando valor a toda a cadeia de transporte e logística.

Os principais produtos do Pólo Industrial da Catumbela são os do ramo alimentar, com destaque para bolachas e farinhas, materiais de construção e artefactos de betão (cimento, argamassa), baldes, bacias, cadeiras, mesas de plástico e material de higiene e limpeza.

O PDIC está localizado no município da Catumbela, ocupando uma área de aproximadamente mil hectares subdivididos pelas fases I e II.





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