Instituições financeiras pretendem melhores práticas ambientais

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  • Luanda • Terça, 20 Agosto de 2024 | 01h57
Mesa redonda entre IFC e o sector da Banca Angolana
Mesa redonda entre IFC e o sector da Banca Angolana
Nelson Malamba - ANGOP

Luanda – O vice-presidente para África da Corporação Internacional Financeira (IFC), Sérgio Pimenta, afirmou, esta segunda-feira, em Luanda, que a sua instituição vai continuar a trabalhar com a banca angolana para adopção de melhores práticas ambientais no financiamento de projectos socioeconómicos em Angola.

Em declarações à ANGOP, no final de uma mesa redonda sobre a governança social e ambiental dos projectos financiados pelas instituições financeiras nacionais, o responsável sustentou que o apoio da IFC passa, essencialmente, pela promoção de acções de capacitação de quadros e troca de experiências, para que se tenha um ambiente saudável.

A fonte reconheceu que a banca angolana está extremamente comprometida na melhoria das questões ambientais e sociais no país.

Sérgio Pimenta considerou a implantação de projectos sustentáveis como um dos factores-chave que ajudam a proteger o meio ambiente.

Por seu turno,  o presidente da Associação Angolana de Bancos (ABANC), Mário Nascimento, apontou a regulamentação aprovada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), que exige os bancos a avaliar o impacto ambiental dos projectos financiados, como uma das evoluções da banca angolana nesta temática.

Acrescentou que a questão da Governança Social e Ambiental (ESG) contempla a inclusão financeira, formação, assistência técnica e avalia o impacto social da actividade económica e da intervenção dos bancos nos seus clientes e nas comunidades.

Quanto à implementação do ESG em Angola, Mário Nascimento reconheceu que  este processo ainda é embrionário no país.

A mesa redonda sobre ESG visou analisar o impacto ambiental e social dos projectos financiados pelas bancos comerciais no país, bem como traçar estratégias para melhorar as questões menos boas. 

A IFC é uma das instituições financeiras do Banco Mundial centrada no sector privado nos mercados emergentes. Presente em mais de 100 países, a instituição apoia a criação de mercados e oportunidades nos países em desenvolvimento, promovendo a melhoria da vida das pessoas.

No ano fiscal de 2022, a IFC investiu um montante recorde de 32,8 mil milhões de dólares em empresas privadas e instituições financeiras nos países em desenvolvimento, alavancando o poder do sector privado para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade partilhada à medida que as economias lutam com os impactos das crises globais agravantes.

Desde 2019, ano em que abriu o seu escritório em Angola, a IFC investiu mais de 500 milhões de dólares em projectos privados no país, com realce para área da saúde, educação e financeira.

Já ABANC - Associação Angolana de Bancos é a entidade que representa o sector bancário angolano, congregando 23 bancos. QCB





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