Inflação de bens alimentares mantém-se em alta no Moxico

     Economia           
  • Moxico     Quarta, 06 Março De 2024    14h10  
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Preços da cesta básica registam aumentos significativos (ilustração)
Preços da cesta básica registam aumentos significativos (ilustração)
Kinda Kyungu - ANGOP
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Preço dos produtos da cesta básica a disparar
Preço dos produtos da cesta básica a disparar
Kinda Kyungu - ANGOP

Luena – Os preços dos produtos da cesta básica na província do Moxico mantêm-se em alta, “apertando” a vida dos consumidores, apurou esta quarta-feira a ANGOP, numa  ronda efectuada em diferentes estabelecimentos comerciais.

Na ronda efectuada, aferiu-se a subida do preço da caixa de massa alimentar para nove mil 500 kwanzas, contra cinco mil praticado há três meses, enquanto no mesmo período, o saco de arroz de 25 kg registou uma inflação de cinco mil kwanzas,  custando actualmente 27 mil 500.

O mesmo comportamento verificou-se na comercialização do saco de farinha de trigo de 25 kg, custando 37 mil, contra os 29 mil 300 praticados em Dezembro último, assim como a subida do preço da caixa de óleo alimentar de 12 litros, que evoluiu de 26 mil para 27 mil e 600 neste período.

No sentido contrário, o saco de açúcar de 50 quilogramas registou ligeira descida, custando  62 mil kwanzas, contra os 67 mil anteriores .

A cidadão Joaquina Muzala disse que há muito perdeu a capacidade de comprar um saco de arroz para casa, por conta do alto preço, optando por quilos, situação que considera “deplorável”.

No mesmo pendor, encontra-se a cidadã Julieta de Morais, professor de profissão, que solicita por uma intervenção das autoridades, com vista a ser pôr a esta tendência no mercado.

“Desta forma não vamos viver, está difícil”, lamentou

Grossista reduzem capacidade de aquisição dos produtos

Em declarações à ANGOP, o  comerciante Hamedi Salime, de nacionalidade mauritaniana, justificou que a alteração dos preços regista-se a partir da fonte(Luanda).

Face a este contexto, disse que muitos grossistas perderam a capacidade de comprar grandes quantidades dos alimentos para serem revendidos no Moxico, alegando que alguns comerciantes não conseguem adquirir mais de 100 sacos de produtos para serem revendidos.

Nesta altura, disse, produtos como a farinha de milho e o feijão estão escassos no mercado, obrigando aos comerciantes venderem esses alimentos em quilos num preço de mil e 400 kwanzas.

O comerciante teme que nos próximos dias o estoque dos estabelecimentos venham a ficar vazios, “situação que poderá comprometer a gestão do negócio”, disse, opinião corroborada pelo comerciante Mamussiri Dialo, que reclama igualmente, o aumento do “frete” das transportadoras.

Conforme  o comerciante,  o frete de um vagão do Caminhos de Ferro de Benguela do Huambo ao Luena subiu para um milhão e 200 mil kwanzas, contra os 300 mil cobrados anteriormente, enquanto nos camiões passou de um milhão e 100 para um milhão e 500 kz. MT/TC/YD





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