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Indústria transformadora cresce 7.7 por cento

     Economia              
  • Huíla • Quinta, 27 Abril de 2023 | 14h15
Victor Fernandes - ministro da Indústria e Comércio
Victor Fernandes - ministro da Indústria e Comércio
Morais Silva - ANGOP

Lubango - A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real para a indústria transformadora de 2018 a 2022 registou um acumulado de 7,7 porcento, informou hoje, quinta-feira, no Lubango, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes.

O ministro que discursava na abertura do III Conselho Consultivo do seu ministério, que decorre nesta cidade, declarou que o maior destaque recai para o ano de 2022 que teve um crescimento na ordem de seis por cento, superando a projecção prevista no Orçamento Geral do Estado (OGE) para aquele ano.

Referiu que em resposta aos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, com a redução do abastecimento de alguns bens e serviços de consumo das populações, o país recuperou a capacidade plena de fornecimento de bens e serviços essenciais à população.

Acrescentou que tal capacidade é resultado da implementação de políticas públicas de crescimento industrial e de desenvolvimento comercial, aliadas à resiliência do sector privado, pelo que diversas unidades industriais no país, direccionadas, na sua grande maioria, para a produção de bens alimentares.

“Como resultado, as trocas comerciais com os parceiros regionais conheceram um aumento significativo, contribuindo para o aumento do PIB nacional e da oferta de produtos locais, a preços mais baixos”, disse.

Salientou que a perspectiva de crescimento do segmento industrial passou a ser suportada pela existência de um conjunto alargado de mais de 160 projectos estruturantes concretos, em diferentes fases de desenvolvimento.

Realçou que já existem sectores nos quais a indústria nacional consegue dar resposta às necessidades da procura interna, competindo com produtos importados, com destaque para os materiais de construção, produtos alimentares, bebidas, embalagens, actividade gráfica, mobiliário e equipamento escolar.

As áreas de produtos de higiene e limpeza, equipamentos de transporte e seus componentes, e de dispositivos médicos são outros que já dão respostas as necessidades do país, segundo o ministro.

Ao nível dos materiais de construção e relativamente à produção de cimento, o ministro disse que o país conta actualmente com cinco unidades instaladas, com uma capacidade de produção de cimento superior a oito milhões de toneladas/ano e de clínquer, acima de 6,5 milhões de toneladas/ano.

Reforçou que em ambos os casos, as capacidades instaladas reúnem condições para suprir todas as necessidades de consumo nacional.

Destacou o sector das bebidas que mais potencia o surgimento e crescimento de novas empresas e actividades industriais, assim como a de produção de embalagens de cartão, grades de plástico, preformas, rótulos, tampas, entre outras, um sector em funcionamento com mais de 50 operadores.

Com os programas de apoio fomento produtivo, de grãos, pecuária e pescas, o governo quer diminuir a dependência das importações, fazendo com que a nível dos alimentos tenham grande parte destes alimentos produzidos internamente, pois há condições para tal efeito.

“Temos capital humano, terras aráveis, água, o que pode transformar Angola num país produtor em larga escala de alimentos e para isso temos de pensar na auto-suficiência, o que vai contribuir para a diminuição das importações”, continuou.

Referiu que os investimentos para a criação de uma indústria são avultados, mas a ideia é aumentar, pelo que têm de incentivar os operadores privados no sentido de garantirem que aquilo que e o seu investimento vá de encontro e alinhado as politicas públicas no sector industrial

Comércio licencia mais de 87 mil estabelecimentos em 15 anos 

O ministro referiu que os serviços mercantis em Angola registaram uma evolução significativa no período de 2007 a 2022, tendo-se observado um crescimento de 109%, totalizando mais de 87 mil estabelecimentos comerciais licenciados, entre grossistas e retalhistas, com tendência de aumento.

Victor Fernandes considerou uma evolução positiva fruto das políticas públicas do Executivo que fomentaram, um crescimento que teve maior evidência, na zona norte do País, impulsionada pela província de Luanda, seguida da zona sul e centro de Angola.

Defendeu a necessidade de continuar a melhorar as condições para o desenvolvimento do sector produtivo nacional, através da garantia de disponibilidade de matéria-prima e de uma rede comercial eficaz, permitindo o escoamento da referida produção.

Surge ainda os desafios associados à comercialização da produção rural, atendendo à desconexão entre as zonas de produção e as principais zonas de consumo, concentradas na sua maioria nas regiões litorais ou nas capitais de províncias, suportadas por uma rede comercial maioritariamente informal.

"A informalidade na economia angolana continua a ser um dos principais desafios ao nível do comércio, sendo, contudo, reconhecida a capacidade de alcance e importância deste a todos os extractos da população", frisou.

Avançou que a adequação legislativa do sector da indústria e do comércio afigura-se relevante pelas questões de integração intra-africana e para se acelerar o processo da diversificação da economia e da firmação da economia de mercado regulada, que tem permitido a formalização das actividades económicas. EM/MS





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